Thursday, April 30, 2009

A gripe asinina

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"Edgar Hernandez , de cinco anos, é considerado o primeiro paciente da nova gripe que, agora, assola o mundo e ameaça transformar-se em pandemia. Recuperado, o pequeno Edgar recebe de sorriso aberto os jornalistas que o procuram. " (ver +).
O DN online titula: "Paciente zero" volta a brincar nas ruas de La Gloria.
Sou tentado a dizer que me está a dar a "paciência zero" para o chorrilho de exageros que esta gripe asinina, perdão, suína está a desencadear.
Como vêem o Edgar posa, porreiro, a comer o seu gelado tal como o nosso "suspeito", uma criança de Chaves, que já voltou para casa certamente inconsciente de que, durante alguns dias, foi a grande esperança dos Telejornais.
À míngua de suspeitos, quanto mais de infectados, a nossa comunicação social não se conforma com esta nossa condição periférica e fala, fala, fala, quer do estúdio quer do México.
Felizmente para nós, infelizmente para eles, a gripe suína não alastra nem cá nem lá fora.
A única coisa que alastra é a gripe asinina das televisões e dos jornais.

Até à náusea.

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A festa dos indigentes

Era eu caloiro e a Associação de estudantes do Instituto Superior Técnico promoveu um debate entre antigos dirigentes associativos. Vivia-se a “guerra” de combate às propinas, no cavaquismo. Diana Andringa deixou-nos um conselho que eu nunca esqueci: “Quando estiverem numa manifestação não bebam nem joguem às cartas: dá um mau aspecto do caraças.”
Vem isto a propósito de fazer-se uma “festa de protesto” a propósito do MayDay. O MayDay tem todo o meu apoio. Não tenho nada contra uma festa como a do Ateneu Comercial de Lisboa no passado dia 17 – é bem provável que até lá tivesse ido se estivesse em Lisboa. Mas fazer uma “festa de protesto”?
Os trabalhadores precários têm todo o meu respeito. Se fizessem um protesto a sério (desde que não violento), como se fazem em França, teriam todo o meu apoio. Agora fazerem como “acção de protesto” mais uma festa onde se come comida vegetariana e fumam uns charros soa-me – como dizer? – a beber ou jogar às cartas numa manifestação. Espero ao menos que a festa tenha sido boa. Bom MayDay para todos.

Wednesday, April 29, 2009

Ruído de fundo


Foi na apresentação do novo livro do José Mário Silva, na livraria Pó dos Livros em Lisboa. Enquanto Jorge Silva Melo perorava sobre bares supostamente "decrépitos", ouviam-se buzinas cá fora. Pessoas na assistênci abandonavam o recinto para se certificarem de que não era o seu carro que estava a causar problemas de circulação. Eu sabia que a minha bicicleta é que não era.

Adenda: a foto é do Luis Rainha, que a tirou sem ninguém dar por isso.

Egípcios

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Um conjunto de imagens recolhidas em Março no Egipto, entre Luxor e Abu Simbel, pode ser visto AQUI.

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Tuesday, April 28, 2009

Everything that happens will happen tonight at Coliseu

Por onde poderei eu começar? Olhem, leiam por exemplo este texto do blogue dele. Leiam-no por favor do princípio ao fim, que vale a pena. Da largura de banda da internet às populações de peixe para pescar. Leiam bem o argumento que ele dá contra a privatização das praias - até chegar à importância de um serviço nacional de saúde.
Dele escreveu Caetano Veloso:
David é tudo que há de bom. Stop Making Sense é o mais lindo filme de show de rock, possivelmente porque o show dos Talking Heads era um dos mais lindos que já houve. Ele nunca perdeu a elegância. O show quefez com Margareth Menezes foi um grande sucesso da Margareth Menezes, mas ele estava um tanto invisível. Já os outros que vi dele, foram todos simplesmente geniais. Agora ele me disse que está fazendo um show show: com dançarinos e tudo. Deve ser fenomenal, porque ele é, como eu disse no show que fizemos juntos no Carnegie Hall (e do qual há, sim, Lucre, gravação com proposta para sair em CD), o mais chique dos roqueiros. Considero o entendimento que ele teve da música no Brasil um aspecto dessa chiqueza.

Caetano Veloso era, com David Byrne, o artista que eu mais vezes tinha visto em concerto. Era um empate. Hoje esse empate será desfeito. A favor do Byrne. Pelas razões que já expliquei aqui. Pelo que escreve. Pela sua fabulosa música ao longo de toda uma carreira. Por ser para mim uma inspiração. (Tenho a pretensão de dizer: quem me quiser entender deve ouvir o David Byrne. Eu acho que só me entendo com quem gosta do David Byrne e do Seinfeld.)
Aproveitei e vim por outros motivos, mas tenho que confessar que o principal, que me trouxe de Braga a Lisboa esta semana, foi este. Tudo o que acontece acontecerá esta noite no Coliseu.

Monday, April 27, 2009

Parlamento Europeu para quê ?

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As Instituições Europeias gastam, por ano, 7,7 mil milhões de euros (ver aqui).
Neste momento de grave crise, e em ano de eleições para o Parlamento Europeu, cabe perguntar se tal verba, enorme, se justifica.

Faz sentido haver um Parlamento Europeu ?
Faz sentido o Parlamento Europeu funcionar "físicamente" numa época em que tudo pode ser tratado à distância ?
Faz sentido haver umas centenas de deputados europeus em paralelo com os deputados dos parlamentos nacionais?

Este modo de funcionar obriga à existência de dispendiosas infraestruturas físicas, enorme burocracia, milhares de viagens e estadias tendo como consequência despesas gigantescas.
Cá para mim bastava que cada parlamento nomeasse um conjunto de deputados nacionais, com respeito pela proporcionalidade, para se ocuparem dos assuntos europeus.
Esses deputados podiam perfeitamente residir nos seus países e participar nos trabalhos europeus através da internet.
Hoje é trivial a distribuição digital de documentos, imagens e sons. Também é trivial discutir-se e votar-se propostas online.

Por que não se adopta então este modelo ?
Porque os lugares de deputado europeu são um exílio dourado com que se afasta os concorrentes ou se enriquece os amigos.

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God got her











God will get you for that!, dizia a Maude quando ficava derrotada e não lhe restava mais nada para dizer. Morreu um ícone da televisão da minha adolescência.


Bea Arthur, Star of Two TV Comedies, Dies at 86
By BRUCE WEBER
Bea Arthur, who used her husky voice, commanding stature and flair for the comic jab to create two of the most endearing battle-axes in television history, Maude Findlay in the groundbreaking situation comedy “Maude” and Dorothy Zbornak in “The Golden Girls,” died Saturday at her home in Los Angeles. She was coy about her age, and sources give various dates for her birth, but a family spokesman, Dan Watt, said in an e-mail message she was 86.

The cause was cancer, Mr. Watt said.

Ms. Arthur received 11 Emmy Award nominations, winning twice — in 1977 for “Maude” and in 1988 for “The Golden Girls.”

She was a seasoned and accomplished theater actress and singer before she became a television star and a celebrity in midcareer, and she won a Tony Award in 1966 for playing Angela Lansbury’s best friend, the drunken actress Vera Charles, in “Mame.”

But while she was successful on stage, on television she made history. “Maude,” which was created by Norman Lear as a spinoff from “All in the Family,” was broadcast on CBS during the most turbulent years of the women’s movement, from 1972-78, and in the person of its central character, it offered feminism less as a cause than as an entertainment.

Maude Findlay was a woman in her 40s living in the suburbs with her fourth husband, Walter (played by Bill Macy), her divorced daughter, Carol (Adrienne Barbeau), and a grandson. An unabashed liberal, a bit of a loudmouth and a tough broad with a soft heart, she was, in the parlance of the time, a liberated woman, who sometimes got herself into trouble with boilerplate biases just the way her cultural opposite number, Archie Bunker, did. She was given a formidable physicality by Ms. Arthur, who was 5 feet 9 ½ inches and spoke in a distinctively brassy contralto.

The show was considered a sitcom, but like “All in the Family,” it used comedy to take on serious personal issues and thorny social ones — alcoholism, drugs, infidelity.

“We tackled everything except hemorrhoids,” Ms. Arthur said, sounding much like Maude, in a 2001 interview with the Archive of American Television, a collection of video oral histories compiled by the Academy of Television Arts and Sciences.

In the show’s first season, Maude, at the age of 47, learned she was pregnant; her distress was evident.

“Mother, what’s wrong? You’ve got to share this with me,” Carol says. Maude’s response is typical, with barbs aimed both inward and outward, delivered by Ms. Arthur with a flash of simultaneous anger, despair and humor: “Honey, I’d give anything to share it with you.”

The two-part episode was broadcast in November 1972, two months before Roe v. Wade, the Supreme Court case that made abortion legal nationwide, was decided. By the episode’s conclusion, Maude, who lived in Westchester County in New York, where abortion was already permitted, had chosen to end the pregnancy. Two CBS affiliates refused to broadcast the program, and Ms. Arthur received a shower of angry mail.

“The reaction really knocked me for a loop,” she recalled in a 1978 interview in The New York Times. “I really hadn’t thought about the abortion issue one way or the other. The only thing we concerned ourselves with was: Was the show good? We thought we did it brilliantly; we were so very proud of not copping out with it.”

“The Golden Girls,” an immensely popular show that was broadcast on NBC from 1985-92 and can still be seen daily in reruns, broke ground in another way. Created by Susan Harris (who wrote the “Maude” abortion episode), it focused on four previously married women sharing a house in Miami, and with its emphasis on decidedly older characters, it ran counter to the conventional wisdom that youthful sex appeal was the key to ratings success.

Which is not to say “The Golden Girls” wasn’t sexy. Like “Maude,” it was a comedy that dealt with serious issues, especially those involved with aging, but also matters like gun control, gay rights and domestic violence. And like “Maude,” it could be bawdy. The women were all active daters and, to different degrees, openly randy. As Dorothy, Ms. Arthur was coiffed and clothed in a softer, more emphatically feminine manner than she had been in “Maude,” but she was no less sharp-tongued, and she and the show’s other stars — Rue McClanahan, Betty White and Estelle Getty (who, though younger than Ms. Arthur, played Dorothy’s mother) — were frequently praised for portraying the lives of older women as lively, uncertain, dramatic and passion-filled as those of college sorority sisters.

Familiarly known as Bea, Ms. Arthur was billed in the theater and on television as Beatrice, but the name was one she made up. She was born Bernice Frankel in New York City on May 13, 1922, according to Mr. Watt. But she preferred to be called B — “I changed the Bernice almost as soon as I heard it,” she said — and later expanded it to Beatrice because, she said, she imagined it would look lovely on a theater marquee. The name Arthur is a modified version of the name of her first husband, the screenwriter and producer Robert Alan Aurthur.

When she was a child, her family moved to Cambridge, Md., on the Eastern Shore, where her parents ran a small women’s clothing store, and she dreamed of being a chanteuse and an actress, and entertained her friends with imitations of Mae West. She attended Blackstone College, a two-year school in Virginia, and later studied to be a medical technician, then eventually moved to New York to study acting with Erwin Piscator at the Dramatic Workshop of the New School for Social Research. Among her classmates were Tony Curtis, Walter Matthau and the actor and director Gene Saks, whom she married in 1950. (He directed her in “Mame.”) They divorced in 1978; their two sons, Matthew and Daniel, survive her. She had two granddaughters.

Ms. Arthur worked regularly Off Broadway and in summer stock, appearing as Lucy Brown in Marc Blitzstein’s adaptation of “The Threepenny Opera” at the Theater de Lys in 1954. And in 1955, in a well-received musical tidbit, “Shoestring Revue,” she was seen for the first time by the man who would become a lifelong friend and professional benefactor, Norman Lear.

She also sang in nightclubs and worked occasionally on television, appearing on “Kraft Television Theater” and other shows featuring live drama. On Broadway, in 1964, she played Yente, the matchmaker in “Fiddler on the Roof.” In the movies, she appeared in the comedy “Lovers and Other Strangers” (1970), and in a reprise of her stage performance as Vera Charles, she appeared in “Mame” (1974), again directed by her husband, this time alongside Lucille Ball.

In 1971, she was living in New York but visiting her husband, who was directing a movie, “The Last of the Red Hot Lovers,” in Los Angeles, when Mr. Lear persuaded her to do a guest spot on “All in the Family.” The role he created for her, Maude Findlay, was a cousin of Edith Bunker, Archie’s wife (Jean Stapleton), who arrives to care for the family when everyone gets sick. Her tart sparring with Archie (Carroll O’Connor, with whom she had worked on stage, in a play called “Ulysses in Nighttown”) was a hit with viewers. Almost immediately CBS ordered up a new series from Mr. Lear, with Ms. Arthur’s Maude at the center of it. It changed her life.

“I think we made television a little more adult,” Ms. Arthur said. “I really do.”

Clube das Virgens

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Às virgens que possam eventualmente visitar este blog deixo o link para o
ciente de que o associativismo tem grandes potencialidades.
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Como a Europa está mudada

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clique para abrir

Sunday, April 26, 2009

Turismo no Olimpo

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Saturday, April 25, 2009

35 de Abril



Sempre. Sempre.

25, o dia de cumprir o quê ?

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Detesto a pergunta "o que falta para cumprir Abril ?" com que uma chusma de piedosos comentadores nos bombardeia por estes dias.

"Cumprir" o quê ? mas quem é que tinha que "cumprir" tal coisa ?

Há nesta abordagem uma menorização do povo. Um povo que, pelos vistos, aguarda ainda, passivamente, que "Abril se cumpra". Ou que as mentes esclarecidas e de vanguarda lhe realizem o "céu na terra" e lho ofereçam de bandeja.

Os militares de Abril, e os milhares de homens e de mulheres que antes deles semearam Abril, desbloquearam o acesso à Liberdade como lhes competia. Pode parecer pouco mas, afinal, é tudo.

O ponto onde estamos é exactamente aquele onde, por acções ou por omissões, quisemos estar. Como dizia Brecht "na cama que fazemos é onde nos deitamos". O "povo é quem mais ordena", ou não ?

Começo a ter a desagradável sensação de que muitas das "comemorações de Abril" não passam de oportunismos que em nada ajudam a dignificá-lo.


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Friday, April 24, 2009

Quem quer casa paga

Nos EUA, quando comprei um carro, passei um cheque visado. Era um impresso especial (eles não têm carimbos) que me custou uma ninharia.
Em Portugal, para comprar uma casa, também passei um cheque visado. Era um cheque normal, com um carimbo, selo branco e duas assinaturas. Custou-me 31 euros. Agora que sou um homem do norte apetece dizer-me: "Fooooda-se, cabrões de banqueiros, vão roubar para o caralho!"
É claro que muito mais do que isso tive que pagar em impostos e comissões pela escritura e registo (mesmo com o "Casa Pronta"). Mas dos impostos não me queixo. Do que pago aos bancos (e aos mediadores), sim.

24, o dia das despedidas

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Thursday, April 23, 2009

Já tenho casa

Oficialmente, desde hoje: escritura assinada. Depois conto em mais pormenor o processo que me levou a decidir a casa (recordo a indecisão aqui). Fica um conselho: não comprem uma casa enquanto não se apaixonarem por ela. E eu apaixonei-me pela minha casa. Apaixonei-me por esta vista e por este pôr do sol, que a partir de hoje posso ter todos os dias.

Obras Faraónicas

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Se é daqueles que têm dificuldade em compreender Manuela Ferreira Leite quando ela fala nas "obras faraónicas" do governo, este post é para si.
Clique AQUI para ver um conjunto de obras faraónicas, originais, que já estão pagas há muito tempo mas que, tal como as nossas, saíram dos costados do povo.
A sorte dos faraós é que no Egipto antigo não havia oposição.

(As imagens foram obtidas em Março 2009 em Gizé, Mênfis, Luxor, Tebas, Edfu, Kom Ombo, Filae e Abu Simbel.)

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Um (J)AWARD que até arrepia

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O José Simões, no seu DER TERRORIST, fez a fineza de me laurear com o (J)AWARD que ilustra este post. Agradeço a distinção por vir de quem vem, e mais não digo.

Só lamento não estar em condições, por falta de jeito, para continuar a corrente de nomeações. Só de pensar nisso fico todo arrepiado.

Wednesday, April 22, 2009

Italo Calvino e a Máquina dos Peidos


Os meus vastos conhecimentos sobre a internet já me permitiram topar uma coisa espantosa que vai com certeza revolucionar a maneira como todos vocês olham para o mundo: a internet sabe onde é que nós estamos. A internet sabe onde é que nós estamos! Várias pistas contribuiram para esta descoberta, nomeadamente a quantidade de sites a prometer-me que "nasty sluts from Cova da Piedade want to strum your banjo", e o facto de a William Hill me tentar convencer com alguma insistência a apostar nos jogos do Vitória de Setúbal. Mas devia haver uma maneira qualquer de impedir que um blog literário americano encaixasse a Máquina dos Peidos entre posts sobre Calvino e Sebald. Entre Burroughs e Bukowski uma pessoa aceita estas coisas, mas Calvino e Sebald? Eu sou uma pessoa séria. Tão séria, aliás, que consegui terminar este post sem elaborar uma piada com a Máquina dos Peidos e a expressão "tracking cookie".

Feira do Livro de Braga

Já está a decorrer. Amanhã às 21:30 Licínio Chainho Pereira (físico molecular e antigo reitor da Universidade do Minho) e o Rui Tavares falam às 21:30 sobre "Memória do Universo, Universos de Memória". A não perder.

Tuesday, April 21, 2009

Responsabilidade pela tortura


On Thursday, President Obama released memos that describe, in horrific detail, the torture techniques authorized by the Bush administration. The memos make clear that top Bush officials didn't just condone torture-they encouraged it.

So far there's been no accountability for the architects of Bush's torture program-the top officials who justified keeping detainees awake for 11 days straight, waterboarding them repeatedly, and forcing prisoners into coffin-like boxes with insects.

We need real consequences for those responsible-it's the only way to keep this from happening again.


Em Portugal, recordo, há quem prefira George W. Bush a Sócrates.

A Europa já não é o centro do Mundo

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A China Mobile, líder das telecomunicações no gigantesco mercado da República Popular, divulgou os resultados dos primeiros três meses de 2009 esta segunda-feira, apontando um crescimento de 5,2% nos lucros graças a um incremento de quase 20 milhões de clientes na sua base de subscritores. (Dinheiro Digital 20.04.2009)

A China vai construir o maior laboratório da Ásia para desenvolvimento de usos de tecnologias médicas baseadas em células-tronco, de acordo com a imprensa do país. Esse tipo de técnica consiste no aproveitamente das principais células do organismo para criação de outras células que, segundo cientistas, poderão levar à cura de diversas doenças. (Abril.com)

As vendas de automóveis na China superaram a marca de um milhão em março, pelo terceiro mês consecutivo acima das dos Estados Unidos, que no primeiro trimestre do ano chegaram a 2,2 milhões de unidades, como informa hoje a imprensa local.
"As 14 maiores fabricantes venderam 1,03 milhão de veículos na China no mês passado, o que representa entre 90% e 91% do mercado total", diz Chen Bin, diretor-geral do Departamento de Indústria da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, principal órgão econômico do país. (Globo.com)

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira, em uma reunião com o colega chinês, Hu Jintao, que "o centro de gravidade do mundo se deslocou para Pequim".
"Ninguém pode duvidar que o centro de gravidade do mundo se deslocou para Pequim. Durante a crise financeira, as ações que a China tomou foram muito positivas para o mundo. Não temos dúvida de que a China é o maior motor que existe para conduzir o mundo na crise do capitalismo", afirmou Chávez. (Abril.com)

Mas a capanha para as europeias avança como se a Europa fosse ainda o centro do Mundo

Monday, April 20, 2009

Homenagem a José Sousa Ramos


Foi inaugurada no Sobral da Adiça, concelho de Moura, uma escultura em homenagem ao meu saudoso professor José Sousa Ramos. Não tendo podido comparecer, não deixo de me associar aqui a esta merecida homenagem.

O lícito implícito

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A palavra "lícito" tinha vindo para a ribalta quando, recentemente, se percebeu que ser corrompido para "acto lícito" é um crime que prescreve muito mais depressa do que ser corrompido para "acto ilícito". Mas não ficou por aí.

Agora voltou, ainda que indirectamente, na legislação que promete perseguir o enriquecimento ilícito. Se há enriquecimento ilícito então, para haver lógica, também terá que haver enriquecimento lícito.

Isto parece uma coisa de nada mas não é. Estas subtilezas semânticas revelam muita coisa.

Quando a Crise Financeira Em Curso (CFEC) rebentou como uma bomba, apesar de toda a gente ter obrigação de a prever, houve logo quem falasse do fim da desregulação, do fim do neoliberalismo e até mesmo do fim do capitalismo. Agora toda a gente, mesmo a "esquerda da esquerda", já só fala do enriquecimento ilícito que é outra forma, implícita, de legitimar todo o enriquecimento que não é ilícito.

Eu não discuto se os ricos fazem falta ou não, pelo menos no sistema actual. Mas os ricos deste sistema tornam-se ricos através de um processo que, mesmo quando considerado "lícito" é, pelo menos, arcaico e socialmente indesejável. Eu preferia que os ricos, a existirem, nascessem de relações de produção mais avançadas e produtivas. Mais igualitárias.

Este protagonismo da palavra "lícito" nos discursos da esquerda significa apenas uma coisa: que apesar da crise, uma oportunidade de oiro, a esquerda não sabe o que propor como alternativa.

Tenho pena. Irrita-me que se varra este problema para baixo do tapete.

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Dia Mundial do Livro

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Sunday, April 19, 2009

Fundamentalismo grotesco

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Subversivo, à sua maneira, sem dúvida, mas ninguém imaginava que um dia também o Sr. Hulot se tornasse "incorrecto". Já aconteceu.
A Cinemateca Francesa, em Paris, que organiza actualmente uma retrospectiva da obra de Jacques Tati, o realizador de As Férias do Sr. Hulot, O Meu Tio ou Playtime, não pôde incluir, nos cartazes promocionais do ciclo, o cachimbo que fazia parte integrante da silhueta da personagem Sr. Hulot. A lei francesa da publicidade ao tabaco não deixa.
Trata-se do maior ataque à "iconografia popular" desde que Lucky Luke foi constrangido a perder o cigarro a favor de uma palhinha. Tem havido manifestações de protesto em Paris, a que se associou a própria Liga dos Direitos Humanos. Depois de tanto a criticarem, eis que Tati e o Sr. Hulot se vêem vítimas da "vida moderna". Há aqui alguma ironia, e, como diz o cineasta Costa-Gavras, presidente da Cinemateca Francesa, se tivesse visto isto, Jacques Tati "morreria de riso". A falta que ele faz, a falta que fazia um Playtime II para o tempo da saúde e da higiene.
Público, 18.04.2009

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Saturday, April 18, 2009

O estranho sabor da Liberdade


Há exactamente 35 anos, num dia anónimo como hoje, começou o meu 25 de Abril. Meia dúzia de pides conduziram-me a Caxias de onde só saí depois da Revolução, para uma Liberdade que mal sabia imaginar.
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Friday, April 17, 2009

Freeport está para Apito Dourado...

como Sócrates está para Pinto da Costa, Charles Smith está para Carolina Salgado, o PS está para o FCP, o PSD está para o Benfica e Manuela Moura Guedes está para Leonor Pinhão. Aceito mais contribuições.

Thursday, April 16, 2009

"Café com blogues"

Finalmente foi actualizado o arquivo do programa da Rádio Universitária do Minho onde participo. Um dos últimos programas teve a participação especial do Paulo Querido. Vale a pena ouvirem.

A margens do Nilo

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Antes de partir para o Egipto interroguei-me muitas vezes acerca de como seriam as margens do Nilo.
Agora que regressei resolvi deixar AQUI uma panorâmica para quem estiver interessado nesse assunto. Eu percorri o Nilo entre Luxor e Assuão.
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Wednesday, April 15, 2009

Que ninguém volte a dizer mal da internet à minha frente


O que aconteceu foi o seguinte. No final dos anos oitenta, o Canal 1 da RTP passou um filme. Eu vi o filme. Depois esqueci o filme. No final dos anos noventa, meti na cabeça que me queria lembrar do filme. Um colega de faculdade chamado Nuno falou-me numa coisa chamada google. Mostrou-me o que era a coisa chamada google. A minha primeira pergunta ao google foi "Como é que se chama aquele filme dos anos oitenta em que há assim uma família num subúrbio, e depois um gajo que quer entrar no Inferno, mas num Inferno onde só se pode entrar com fato de astronauta, sabes? Obrigado." Mas nada aconteceu. Fiquei desiludido com o google. Repeti a pergunta a umas duzentas pessoas ao longo dos anos seguintes. Em vão. Fiquei desiludido com as pessoas. Decidi esquecer-me outra vez do filme. Entretanto, a internet cresceu. Eu não. Voltei a querer lembrar-me do filme. E ontem à noite, com os termos de busca menos promissores da história dos termos de busca, cheguei a um fórum com o comovente título «Post The Plot Of That Movie That You Can't Remember The Name Of Here», onde alguém chamado Mr. Hat colocava a seguinte questão, que eu li com uma sensação muito próxima daquilo a que vocês humanos se referem como felicidade:
«I seem to recall something that involved a guy who ends up using a spacesuit (or similar) to visit hell. Or possibly that hell somehow came to earth and he used the suit to survive in it. I think the suit had a special HUD as well.
Probably either a film around the 80's or maybe a Twilight-zone style thing.Anyone got a clue what it was called?»
O filme chama-se Invitation to Hell. Há aqui um clip e tudo, por amor de Deus. Que ninguém volte a dizer mal da internet à minha frente.

(A internet ainda não foi capaz de solucionar esta outra dúvida, mas é só uma questão de tempo).

Pequenas vantagens de ser académico

O empregado da embaixada da Rússia a quem entregava a documentação para pedir visto viu a minha proveniência. Ao dizer-me a data de entrega do passaporte com visto, disse-lhe que nesse dia não poderia: só mais tarde. Ele disse: "se quiser, tratamos já aqui". Tive um visto na hora. Pelo mesmo preço. Há quem pague o dobro por um visto em 48 horas.
O ser académico e ter um convite de uma universidade deve ter ajudado. Mas o trabalhar longe de Lisboa também.

Peter Kogler - um nome a reter

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foto que recolhi no CCB com o telemóvel


Fui ao CCB para ver a exposição "Arquivo Universal", uma colecção esmagadora de fotografia documental do século XX, que nos faz sentir insignificantes pela quantidade e qualidade da fotografia que veio antes de nós.

Pelo caminho fui atraído por enormes desenhos "orgânicos" que amarinham pelas altas paredes interiores do edifício e que não são mais do que uma parte da exposição de trabalhos de Peter Kogler.
"O artista austríaco Peter Kogler (n. 1959) alcançou projecção internacional com os seus trabalhos sobre o espaço e os meios tecnológicos. O seu vocabulário imagético une o orgânico ao tecnológico, o real ao virtual, fazendo referência à mediatização da sociedade, com todas as suas potenciais virtudes e armadilhas."

Um trabalho fascinante que, só por isso, justificaria uma deslocação a Belém.

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Tuesday, April 14, 2009

"Vai andar...Vai andar..."



Gaitinhas avistou Gineto logo à entrada da feira. A lua, bondosa, iluminava as barracas. E, se acaso se escondia entre as nuvens, lá estavam as mil lâmpadas de cores para a substituir.
Gineto e Gaitinhas pararam junto dos carróceis que eram dois. O maior, iluminado por lâmpadas multicores, tentava os olhos. Tinha cavalinhos com as patas no ar, galos de crista alta, bichos variados sobre um tapete rolante que oscilava como os barcos do rio. O outro, perro e mal iluminado, só tinha cavalinhos.
- Qual queres? – perguntou Gineto.
Gaitinhas demorou a resposta. Olhou o carrocel velho, sem ninguém, e os cavalinhos tristes, parados. A voz rouca do dono parecia chamá-lo.
- Vai andar...Vai andar...
- Vamos neste – disse Gaitinhas.
O cavalo galopava no espaço, através das estrelas e ele levava um sorriso nos lábios. O carrocel parou. Mas a alegria da viagem ficou ainda a bailar nos olhos de Gineto e nos lábios de Gaitinhas.
Este texto, do meu livro de leitura da 4ª classe, marcou a minha infância. Esteiros, o romance de onde foi tirado, e que li no meu oitavo ano, marcou-me de forma indelével. Inesquecíveis as aventuras do Gineto, do Gaitinhas, do Maquineta, do Malesso, do Sagui... O autor, Soeiro Pereira Gomes, nasceu há cem anos.

Tia de verdade

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Com o sobrinho "em pensamento"

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Frente anti-Santana ?

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O DN publica hoje uma reportagem intitulada "Frente anti-Santana arranca em Lisboa".
Eu preferia que uma Frente, para mais de esquerda, caso fosse possível, se baseasse em projectos e propostas positivas.

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A gaiola do hamster

A justiça em Portugal parece-lhe confusa? Não faz ideia porque é que todos os processos que envolvem pessoas importantes acabam sempre em regabofe? Diga não à desorientação! Em apenas 20 passos, eis o guia ideal para entender todos os casos que em Portugal começam com a palavra "caso":

1) Os jornais publicam uma notícia sobre qualquer pessoa muito importante que alegadamente fez qualquer coisa muito má.
2) Essa pessoa muito importante considera-se vítima de perseguição por parte de forças ocultas.
3) Outras pessoas importantes vêm alertar para o vergonhoso desrespeito do segredo de justiça em Portugal, que possibilita a actuação de forças ocultas.
4) Inicia-se o debate sobre o segredo de justiça em Portugal.
5) Toda a gente tem opiniões firmes sobre o que é preciso mudar na legislação portuguesa para que estas coisas não aconteçam.
6) Toda a gente conclui que não se pode mudar a quente a legislação portuguesa.
7) A legislação portuguesa não chega a ser mudada para que estas coisas não aconteçam.
8) As coisas voltam a acontecer: os jornais publicam notícias sobre essa pessoa muito importante dizendo que ainda fez coisas piores do que as muito más.
9) Outras pessoas importantes vêm alertar para o vergonhoso jornalismo que se faz em Portugal, que nada investiga e se deixa manipular por forças ocultas.
10) Inicia-se o debate sobre o jornalismo português.
11) Toda a gente tem opiniões firmes sobre o que é preciso mudar no jornalismo português.
12) Toda a gente conclui que estas mudanças só estão a ser debatidas porque quem alegadamente fez uma coisa muito má é uma pessoa muito importante.
13) Nada muda no jornalismo português.
14) Enquanto o mecanismo se desenrola do ponto 1) ao ponto 13) a justiça continua a investigar.
15) Após um período de investigação suficientemente longo para que já ninguém se lembre do que se estava a investigar a justiça finaliza as investigações e conclui que a pessoa muito importante: a) Não fez nada de muito mau. b) Já prescreveu o que quer que tenha feito de muito mau. c) É possível que tenha feito algo de muito mau mas não se reuniram provas suficientes. d) Afinal o que fez não era assim tão mau.
16) Pessoas importantes que são amigas dessa pessoa muito importante concluem que ela foi vítima de perseguição por parte de forças ocultas.
17) Pessoas importantes que não são amigas dessa pessoa muito importante concluem que em Portugal nada acontece às pessoas muito importantes que fazem coisas alegadamente muito más.
18) As pessoas citadas no ponto 17) iniciam mais um debate sobre a justiça em Portugal.
19) As pessoas citadas no ponto 16) iniciam mais um debate sobre o jornalismo em Portugal.
20) Os jornais publicam uma outra notícia sobre uma outra pessoa muito importante que alegadamente terá feito outra coisa muito má. Repetem-se os passos 1) a 19).

Texto de Miguel João Tavares, "Inteiramente gratuito, eis o guia com que sempre sonhou", no DN de hoje

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Monday, April 13, 2009

Apelo à convergência de esquerda nas eleições de Lisboa

"Para que Lisboa cumpra a sua vocação e seja um exemplo para o resto do país. Deixemo-nos de sectarismos que só beneficiam a direita", apelei eu na minha assinatura (fui o primeiro a assinar!). A petição dos lisboetas dirigida aos partidos de esquerda foi apresentada hoje no Palácio Galveias em Lisboa e pode ser assinada aqui.

A mentira das imagens (1)

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Expresso Única (11 Abr 2009)

A Única, do Expresso, publicou esta semana um curioso artigo com o título "A Grande Mentira".
Trata-se de verberar os malefícios do uso, cada vez mais corrente, das tecnologias modernas para "retocar e recriar" as imagens. Diz a abrir:
"O olhar contemporâneo perdeu-se entre as armadilhas do Photoshop, uma ferramenta de tratamento digital de imagem cuja utilização desregrada está a reconfigurar a compreensão da realidade. A veracidade da fotografia- incluindo a jornalística- está em causa depois de mais de um século de uma preguiçosa crença na imagem fotografada."
Depois são apresentados vários exemplos de eliminação de rugas e outras imperfeições para embelezamento de mulheres e automóveis bem como casos de trucagem de fotografias noticiosas para aumentar a sua carga emocional.
A autora, Christiana Martins, está aparentemente preocupada com a perda da credibilidade dos meios em consequência da falta de confiança gerada pela manipulação digital das imagens; "Ver para crer ? Não. Ver para duvidar !", diz ela.
Não sei se este escrito resulta da ingenuidade ou se é obra do cinismo.
Trata-se de ingenuidade se a autora acredita que as possibilidades de manipulação começaram agora ou se pensa que para uma imagem ser "pura" lhe basta ser mostrada tal como foi registada (seja lá isso o que for).
Os programas de tratamento de imagens sem dúvida banalizaram (democratizaram?) as manipulações mas, na maior parte dos casos, limitaram-se a reproduzir sob a forma digital operações já exequíveis no mundo analógico.
Independentemente de terem ou não sido modificadas no computador, todas as imagens carregam um sentido que, de uma forma ou de outra, o autor lhes conferiu. Esta realidade inescapável é agravada pelo uso nesses processos de uma linguagem cuja sintaxe e semântica estão longe de ser óbvias.
Fotografar isto e não aquilo, fotografar agora e não depois, fotografar de um plano superior ou inferior, são formas, como tantas outras, de influenciar a leitura posterior das imagens e dos factos que, pretensamente, estiveram na sua origem.
Fotografar um ditador numa parada militar ou afagando uma criança não é a mesma coisa ainda que a imagem resultante esteja "isenta de manipulações".
Qualquer imagem, como qualquer texto, tem um significado que lhe foi conferido pelo autor.
Não me parece razoável acreditar que um jornalista desconheça o que acabo de escrever e pense que as imagens "reflectem a realidade". Por isso estou em crer que o artigo da Única assenta num certo cinismo, admito que bem intencionado, que consiste em considerar preferível, apesar de tudo, que os leitores confiem cegamente nas imagens publicadas, para bem dos jornais e do que eles representam.
Eu discordo. Acho que é preferível os leitores desconfiarem sempre, quer das imagens quer dos textos que lhes apresentam.
Não só porque têm boas razões para o fazer mas também porque um espírito crítico e questionador impedirá o embrutecimento e o desinteresse. O que é importante para o futuro dos próprios jornais.
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Sunday, April 12, 2009

pois é...

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clicar para ampliar
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Saturday, April 11, 2009

250 anos de elevação a cidade



Menina da Ria - Caetano Veloso

Uma moça
De lá do outro lado da poça
Numa aparição transatlântica
Me encheu de elegante alegria
(Ai, Portugal, ovos moles, Aveiro)
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria

E uma preta
(Parece que eu estou na Bahia)
Tão Linda quanto ela, dizia
No seu português lusitano:
“Pode o Caetano tirar uma foto?”
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria

Arte Nova, um prédio art-nouveau numa margem
Em frente à marina-miragem:
Os barcos na Ria. E depois

Uma taça sobre o pubis glabro, um estudo
Nenhum descalabro se tudo
É sexo sem sexo em nós dois
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria


Parabéns a Aveiro! (Via Amigos d'Avenida)

Photo Portfolio

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Uso esta foto, feita em Los Angeles em 1989, para informar que remodelei o meu Photo Portfolio.

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Friday, April 10, 2009

Páscoa em Newark


O The New York Times de anteontem descreve um cenário que me era bem familiar há uns anos. Leiam também as receitas para verem uma perspectiva americana da comida portuguesa. Boa Páscoa para todos.

April 8, 2009
Newark’s Portuguese Community Keeps Fires of Tradition Burning
By DAVID LEITE
NEWARK

FRANK ALEXANDRE was so excited to make his point that he hip-checked a table out of the way as he lurched toward the photograph on the wall. “Olhe! Olhe!” he said in his native Portuguese. (“Look! Look!”)

The picture, hanging in the Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, a social club (named after the desolate region in northeast Portugal) in the Ironbound section of this city, shows a clutch of sun-pummeled stone buildings, the roofs crenulated with scrub, the road thick with dust.

“This building here is the cookhouse,” said Mr. Alexandre, owner of a local auto repair and towing company, pointing to an imposing windowless stone structure pictured atop a hill. “There are four or five stone ovens inside.” He explained that in times gone by, the residents of the village in the photograph would forage for scraps of wood, build a fire in the ovens and cook communally: hotter fires roasted meats and baked breads while cooler embers burbled stews and braises and coddled eggy desserts. Families then divided the food and trekked home to dine.

“That,” he said, tapping the picture, “is how we survived.”

Nearly six decades after that photograph was taken and half a world away in Ironbound, where 25 percent of the population is of Portuguese descent, the tradition of communal cooking and eating remains — especially during Páscoa, or Easter.

“Last Easter I sold about 120 whole lambs, 60 kid goats and almost as many suckling pigs,” said Herminio Lopes, who owns the Lopes Sausage Company in Newark, one of the area’s most popular meat suppliers (he has also shipped sausages to the White House).

He explained that because home ovens can’t always accommodate a whole animal, the Portuguese-preferred way of roasting, many animals are brought to restaurant kitchens, where they are marinated or massaged with a customer’s own rub, then roasted and either enjoyed in the dining room or taken home. Other people dress the roasts themselves and cook them outdoors in hand-built brick ovens.

On a ride through the city and nearby Elizabeth, Mr. Alexandre pointed out small backyards co-opted by hulking ovens — the Portuguese equivalent of the American charcoal grill — in which, he said, it wasn’t unusual for one cook to roast not only his own family’s Easter dinner but those of several neighbors.

In the early 20th century, waves of immigrants from Portugal and the Azores settled in the Ironbound district, and by the 1920s the community had its first social club along with churches and retail stores lining Ferry Street, the neighborhood’s noisy thoroughfare.

Midcentury saw another boom, which was eclipsed in the ’70s and ’80s by immigration from former Portuguese colonies, including Brazil and Cape Verde. Although the Luso population has decreased because of relocation to the wealthier suburbs and restrictions on immigration, most Portuguese families in the area still cleave to the Catholic church, religious festivals and feasts.

Despite the economy, preparing whole animals remains a booming enterprise for rogue roasters, who turn a tidy profit. “We have several people in the area who cook for a fee,” said John Panneta, a tour guide who introduces groups to the Ironbound’s social, gastronomic and cultural pleasures. “Most of them cook from their backyards and deliver it to your house.”

A different business model of roaster-for-hire is Valença, a restaurant in Elizabeth run with precision by its owner, Martinho Pereira. His crew cranks out several hundred roast suckling pigs during the holiday season for in-house customers, catered events and families who prefer to dig into their pig in the privacy of their own dining room.

When asked what secret ingredients make his pork so popular, Mr. Pereira laughed and shrugged as if to say, “What secret?” Like most Portuguese roasts, his suckling pigs are coated with nothing more than lard, garlic, salt and black and white pepper.

Recently, at the Newark home of António and Magda Araujo, Mr. Alexandre and his wife, Maria, cooked up a lamb feast. But instead of cooking it whole, they had Mr. Lopes butcher it to show off two Easter favorites — borrego assado (roasted legs of spring lamb) and guisado de borrego (lamb stew). The scene, as Mrs. Araujo described it, was typically Portuguese: “loud and fast.”

“Everything is better with olive oil!” Mrs. Alexandre shouted as she rubbed some into the lamb legs. Mr. Alexandre countered with voluminous and rapid-fire requests for bowls, pans and cutting boards. Their frantic pas de deux continued, and they dipped and spun to avoid elbows and sharp knives as they whirred garlicky pastes in the food processor, peeled potatoes and dressed the meat. In under 45 minutes, four pans along with a flan were ready for the stove. Ervilhas com ovos, a staple of peas and bacon topped with poached eggs, would be made right before dinner.

Mr. Alexandre is no stranger to the kitchen, as he’s proud to announce, having won several contests at the social club for his folar, a traditional Easter bread that in Trás-os-Montes is stuffed with cured meat.

“I made the mistake of teaching one of the young men from the Azores how to make it,” he said, “and that year he won.” Mr. Alexandre is determined to win back his title this year.

A short time later, half a roast suckling pig from Valença and both lamb dishes were nestled in the center of the table. Potatoes, rice, bread and the egg-topped peas filled the gaps. Around the table sat 10 hungry guests.

Dinner was suddenly interrupted by the bleating of Mr. Alexandre’s cellphone. A Portuguese woman was stranded on the highway and called for a tow. He stood up, popped another chunk of lamb into his mouth, and shrugged on his jacket.

“Got to take care of our own,” he said, heading for the door. “It’s how we survive.”

Lamb Stew
Time: 2 hours, plus at least 2 hours’ marinating


1 6-pound bone-in lamb shoulder; bones removed and cut into 3-inch pieces, rinsed well and reserved, or 3 pounds boneless lamb shoulder (see note)

3 ounces chicken livers

5 garlic cloves, minced

3 bay leaves

1 tablespoon sweet paprika

1 1/2 cups dry white wine

4 tablespoons olive oil, or as needed

Coarse salt

Ground white pepper

1 yellow onion, cut crosswise into thin half-moons

2 cups beef stock

3 sprigs flat-leaf parsley, chopped, more for serving (optional)

Boiled red potatoes, cooked white rice for serving (optional).


1. Cut lamb and chicken livers into 1 1/2-inch chunks, and place in a glass, stainless steel or other nonreactive bowl. Add garlic, bay leaves, paprika, 1/4 cup wine, 2 tablespoons olive oil, 2 teaspoons salt and 1/2 teaspoon white pepper. Mix well. Cover and refrigerate at least 2 hours, preferably overnight.

2. When ready to cook, heat remaining 2 tablespoons olive oil in a large Dutch oven over medium-high heat. When oil shimmers, add bones and sear until well-browned, 7 to 10 minutes. Transfer to a plate. If pan is dry, add a bit more oil. Working in batches, add lamb mixture and sear, turning occasionally, until edged with brown, 6 to 8 minutes. Transfer to a plate.

3. Lower heat to medium, add onion and sauté until limp, about 10 minutes. Add lamb and any juices, the bones, remaining 1 1/4 cups wine, beef stock and parsley. Bring to a boil, reduce heat to low and cover. Simmer, stirring occasionally, until lamb is tender, about 1 1/2 hours; if liquid level becomes low, add water as needed. Season with salt and pepper.

4. Remove and discard bones and bay leaves. If a smooth sauce is desired, transfer lamb to a bowl, cover and keep warm. Strain and discard solids from liquid. To serve, spoon stew into shallow bowls. If desired, accompany with boiled peeled red potatoes or long grain white rice drizzled with olive oil and sprinkled generously with minced parsley.

Yield: 4 to 6 servings.

Note: Ask butcher to bone shoulder, cut bones into pieces and remove excess fat. Three pounds of lamb is needed; if necessary, add boneless shoulder.

Peas With Poached Eggs
Time: 20 minutes


6 ounces thick-cut slab bacon, sliced crosswise into 1/4-inch pieces (see note)

1 yellow onion, diced

1 tablespoon white vinegar

4 to 6 large eggs

3 cups (about 1 pound) frozen baby peas, thawed

1 medium tomato, seeded and diced

Coarse salt

Ground white pepper

1 tablespoon minced parsley, for garnish.


1. In a large skillet over medium heat, sauté bacon until crispy-chewy, about 5 minutes. Using a slotted spoon, transfer to paper towels. Reduce heat to low and add onion to skillet. Sauté in bacon fat until golden brown, about 10 minutes.

2. Meanwhile, fill a deep skillet with 3 inches water and add vinegar. Place over medium heat and bring to a bare simmer. Break an egg into a 1/3-cup measuring cup and gently tip into water. Repeat with remaining eggs. Poach to taste, 3 to 4 minutes. Remove with a slotted spoon, transfer to a plate and trim neatly. Cover and keep warm.

3. Add peas to skillet with onions and toss until warmed. Add tomato and bacon bits, and season with salt and pepper.

4. To serve, transfer pea mixture to a warmed serving bowl. Make an indentation in peas for each egg, nestle in eggs and sprinkle with parsley. Instruct guests to scoop peas onto their plates and crown with an egg.

Yield: 4 to 6 servings.

Note: For a smokier flavor, reduce the amount of bacon to 3 ounces and add 3 ounces diced chouriço.

Flan With Tea
Time: 1 1/2 to 2 hours, plus 3 hours’ chilling


2 cups whole milk

2 tablespoons strong-flavored tea leaves, like Lapsang souchong

2 cups sugar

6 large eggs, at room temperature

1 large egg yolk, at room temperature.


1. Heat oven to 325 degrees. Fill a kettle of water to bring to a boil. In a small saucepan, combine milk and tea leaves. Place over medium-low heat and bring to a bare simmer; remove from heat and allow to steep until deeply infused, about 10 minutes. Strain into a bowl, discard solids, and allow to cool until just warm.

2. In a small saucepan, combine 1 cup sugar and 2 tablespoons water. Place over medium heat without stirring until sugar melts and begins to take on a bit of color. Do not stir; instead, swirl pan occasionally. Continue to cook until mixture is dark maple-syrup brown and has an aroma of caramel, 10 to 15 minutes. Carefully pour into a 1 1/2-quart flan mold or metal baking dish (such as an 8-inch square baking pan), tilting pan to coat sides and bottom. Set aside.

3. In a mixing bowl, combine eggs, yolk and remaining 1 cup sugar. Stir until sugar is dissolved, about 3 minutes. Slowly stir in the milk mixture until blended. Pour into flan mold, and set mold in a small roasting pan. Place in oven and pour enough boiling water into roasting pan to come halfway up mold.

4. Bake flan until set around edges but slightly jiggly in middle, 45 minutes to 1 hour 15 minutes, depending on oven, and size and depth of mold. Remove from water bath and place on a work surface to cool to room temperature. Refrigerate until well chilled, about 3 hours.

5. To serve, run a sharp knife around inside edge of pan. Place a deep plate on top and flip. Remove mold, and serve.

Yield: 8 servings.

As leis mais parvas do mundo

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Somos todos iguais perante a lei, mas nem todas as leis são iguais perante o senso comum. No Reino Unido, por exemplo, é ilegal morrer na Câmara dos Comuns, enquanto no Ohio é proibido embebedar peixes e na Florida as mulheres solteiras que saltem de pára-quedas ao domingo arriscam--se a ser presas. Mostrando que levam o patriotismo a sério, os britânicos consideram um acto de traição colar um selo com a efígie do monarca de cabeça para baixo, mas em França é proibido chamar Napoleão a um porco.

Estes e outros exemplos, que constam de uma lista das leis mais ridículas do mundo, publicada no diário Daily Telegraph, mostram que Cícero tinha razão quando dizia que quanto mais leis há, menos justiça se tem e que o filósofo americano Emerson não estava menos certo quando recomendava aos homens bons que obedecessem à lei, mas não em excesso.

Se há país que sofre certamente do excesso de leis é Portugal e por isso também não é necessariamente certo que sejamos bons obedecendo excessivamente à lei.
Supõe-se mesmo que haverá leis adequadas para os homens que não querem fazer coisas boas não serem obrigados a violar a lei - o que seria, de algum modo, excessivo.
Na lista das leis mais absurdas estão a que proíbe os homens na Suíça de se aliviarem em pé depois das dez da noite ou a que considera legal matar um escocês dentro das muralhas da cidade de York se este estiver armado com um arco e flechas. Mas o mais absurdo de tudo é não figurar lá nenhuma lei portuguesa - e não é com certeza um problema de escassez.

Veja-se, por exemplo, a lei que distingue a corrupção para acto lícito de corrupção para acto ilícito, que vem iluminando o debate público nacional. Faz até menos sentido do que a lei do Alabama que especifica inequivocamente que é proibido guiar com uma venda nos olhos. Se uma peca pelo excesso, a outra peca pelo defeito - e pela contradição de minorar um acto ilícito relacionando-o com um fim lícito. Para essa lei fazer sentido, seria necessário alargá-la a todo o tipo de crimes. Por exemplo, um assaltante de bancos é julgado e explica ao juiz que roubou para construir uma casa de férias. Como não considerar isso uma atenuante? Afinal, é um objectivo perfeitamente lícito. Por que não beneficiará o assaltante de banco da mesma consideração? No mínimo, esta lei é discriminatória. Até por que o assaltante de bancos não tem o poder de adaptar as leis à medida dos seus fins.

A corrupção para acto lícito não é menos absurda do que a proibição de morrer na Câmara dos Comuns. Mas não é certamente o único exemplo na extensa relação da produção legislativa doméstica. Na lei sobre o enriquecimento ilícito, por exemplo, diz-se que o ónus da prova não pode recair sobre o titular de cargos públicos que é investigado. E muito bem, que lá por alguém ser detentor de um cargo público não tem nada que ser menos do que os outros. Mas só podemos aceitar esta lei se partirmos do princípio que um titular de cargos públicos pode furtar-se ao princípio da transparência. Se esse princípio vigorasse nos EUA, assistiríamos àquelas longas e minuciosas investigações do Senado aos candidatos a cargos no governo? Não será essa prática uma "inversão" do ónus da prova?

Muitas são as pessoas que dizem e repetem que a corrupção é o pior veneno da sociedade portuguesa. Estão erradas. Muito pior do que a corrupção é a tolerância em relação à corrupção ou a capacidade de quase a despenalizar através da lei. Mesmo num país com um longo historial de corrupção como o nosso, é um refinamento. Prova como o excesso de leis é a melhor maneira de contornar a justiça. E como é possível não se ser bom, mesmo obedecendo excessivamente a lei.

Público 09.04.2009
Miguel Gaspar (miguel.gaspar@publico.pt)

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Thursday, April 9, 2009

A última carta

Recebi muitas cartas da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, quase sempre a anunciarem o pagamento de mais um mês de bolsa. Este mês recebi a última. A anunciar o contrário: descontaram o cheque de 1495 euros que eu lhes passei pelo mês de bolsa que me tinham pago a mais.

BES Photo

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EDGAR MARTINS venceu o prémio BES Photo (ver mais aqui)

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Wednesday, April 8, 2009

"Newton às voltas no caixão"?

"Lá na Abadia de Westminster, Newton deve andar às voltas no caixão", dizia a minha (excelente, e portista) professora de Física do 12º ano sempre que alguém cometia um erro.
Parece que o FC Porto invocou Newton para contestar a punição a Lisandro Lopéz (talvez alguém tenha sido aluno dela na SAD portista). Pelo que eu vejo no vídeo citado por Carlos Fiolhais, porém, a decisão do árbitro durante o jogo, a avaliação da causalidade daquela queda, é que deve ter deixado Newton às voltas no colchão. Entretanto parabéns pelo empate de ontem em Manchester, e boa sorte na Liga dos Campeões.

Batalha de Sombras

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Colecção de fotografia Portuguesa dos anos 50. Em exibição no Museu do Neo-Realismo em V. Franca de Xira.

Uma viagem comovente à sempre repetida batalha das imagens, do seu sentido, da sua missão na sociedade.

Uma oportunidade para lembrar e rever fotógrafos como Carlos Calvet, Gérard Castello-Lopes, Carlos Afonso Dias, Franklin Figueiredo, Eduardo Harrington Sena, Fernando Lemos, Adelino Lyon de Castro, João Martins, António Paixão, Victor Palla, Varela Pécurto, Frederico Pinheiro Chagas, Sena da Silva e Fernando Taborda.

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Tuesday, April 7, 2009

Patetices verdes

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Lamento informar que, mesmo com a sua ajuda, limpar a CML é uma missão impossível.
A última ideia brilhante: gastar balurdios numa "campanha de comunicação" pateta em que nos dizem quantos carros fazem as limpezas e nos dão conselhos caridosos acerca de nosso mau hábito de atirar papéis para o chão.
No vídeo que as televisões mostram os garbosos trabalhadores do lixo, em tons de verde, fazem lembrar uma recente campanha promocional do Sporting (sem tranquilidade).
Aposta-se numa retórica de culpabilização dos cidadãos, que são tratados como mentecaptos. Uma abordagem que nada resolve.
Enfim, as improvisações do costume com cheiro a eleições. Assim não vamos lá.
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Actualização dos montantes das bolsas de investigação

O governo criou novas oportunidades de trabalho para bolseiros de investigação científica, com contrato (eu sou um dos beneficiados, bem como a maioria dos meus colegas). Mas não melhorou em nada o estatuto do bolseiro de investigação científica, para os bolseiros que continuam nesta situação. E há muito a melhorar para estes profissionais ultra-precários e sem regalias (eu era um até há meses), como bem denuncia a ABIC. Assinem esta petição.

Galileu na China pela mão dos portugueses

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Em 1615, cinco anos depois de Galileu Galilei ter anunciado as suas descobertas em livro, o jesuíta português Manuel Dias publicou na China o seu livro Tien Wen Lueh. Foi através deste livro que as novidades científicas do astrónomo florentino chegaram pela primeira vez ao conhecimento dos intelectuais chineses. A obra está a ser estudada por dois portugueses
O livro é um diálogo entre um ocidental e um chinês. Às perguntas do oriental, o primeiro fala de astronomia e de cosmografia e relata, no fim, em pormenor, as descobertas de um grande sábio ocidental, com um "maravilhoso instrumento", que mostra "a Lua mil vezes maior". O livro, escrito em chinês, tem por título Tien Wen Lueh (Tratado de Questões sobre os Céus) e foi publicado na China, em 1615. O seu autor chamava-se Manuel Dias e era um jesuíta português. Foi pelo seu punho que a China tomou conhecimento, pela primeira vez, das descobertas realizadas por Galileu, cinco anos antes, graças às observações com telescópios.
Este é o início de uma curiosa "história da história", publicada pelo DN no dia 4, acerca de um tempo em que Portugal exportava mais do que futebolistas e treinadores.
Além deste artigo quem tiver interesse pode ler mais aqui: http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/e8.html
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Monday, April 6, 2009

Apanhados com o telemóvel (2)

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Mais um absurdo no Parque das Nações (que eu não consigo deixar de chamar Expo).
Hoje de novo, como tantas vezes nos anos recentes, lá estava um equipa a reparar as ripas do caminho sobre a água que circunda aquilo que foi em tempos a Doca dos Olivais e onde hoje se ergue o Oceanário.
Já toda a gente percebeu que a solução existente, com ripas de madeira, tem uma durabilidade reduzida para além de provocar acidentes. Já vi naquele local várias quedas aparatosas de ciclistas cujas rodas ficaram presas nos intervalos entre as ripas.
No entanto prosseguem as reparações, ano após ano, com um dispêndio de recursos que só pode alegrar o fornecedor de tais serviços.
Porque não se adopta uma solução mais segura e durável ?
Será que só os gestores da Parque Expo não se apercebem deste absurdo ?
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Sunday, April 5, 2009

Sócrates perdeu o tino

Confundir uma coluna de opinião do João Miguel Tavares (com quem me solidarizo totalmente) com o "Jornal de Sexta" da TVI e a Manuela Moura Guedes revela total desorientação. Assim não vai longe.

Névoaparque

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É no mínimo perturbante assistir ao festival de indignação que ergueu a comunidade, "como um só homem", contra a eleição de um certo empreiteiro para dirigir uma empresa intermunicipal no Minho.

Um país que tolera os maiores desmandos e corrupções usa estes peixes miúdos para se convencer de que está no bom caminho.

Mas não bastam um Névoa e um Vale e Azevedo, uma andorinha ou jmesmo duas não fazem a Primavera. Eles não são melhores nem piores do que outras centenas de "habilidosos" que a nossa sociedade propicia e, no fundo, inveja e admira.

Os seus golpes são até um bocado canhestros e ridículos.

A única coisa que os distingue é terem angariado os inimigos errados, no espaço ou no tempo.

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