Recentemente Ferro Rodrigues fez declarações acerca das alianças pós-eleitorais do PS. Dada a importância do tema é de lamentar que Ferro Rodrigues tenha admitido quase todas as hipóteses (só excluiu o CDS) como se a única coisa importante fosse assegurar a manutenção das cadeiras do poder.
Realmente desta vez, nas eleições de Setembro, os programas parecem ter pouca importância. O que verdadeiramente interessa é como, e com quem, cada partido espera ter condições para governar.
Os programas de nada valem se, depois de apurados os resultados, não houver sustentação para os executar ou se, por necessidade, se fizer uma aliança pós-eleitoral que os desvirtue significativamente.
Mas quem vota num partido tem que saber o que vão fazer com o seu voto. Não pode estar sujeito a presenciar, impotente, a alianças oportunistas e arranjos de ocasião.
O caso do PS é o mais problemático devido à posição central que ocupa no espectro partidário. Quem votar no PS tem que saber se eventualmente está a contribuir para um governo do "bloco central" ou para um governo de esquerda influenciado pelo BE ou PCP.
Enquanto a alianças não forem claras antes da votação qualquer aliança pós-eleitoral carece de suporte democrático e pode mesmo constituir um grave embuste político.
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Realmente desta vez, nas eleições de Setembro, os programas parecem ter pouca importância. O que verdadeiramente interessa é como, e com quem, cada partido espera ter condições para governar.
Os programas de nada valem se, depois de apurados os resultados, não houver sustentação para os executar ou se, por necessidade, se fizer uma aliança pós-eleitoral que os desvirtue significativamente.
Mas quem vota num partido tem que saber o que vão fazer com o seu voto. Não pode estar sujeito a presenciar, impotente, a alianças oportunistas e arranjos de ocasião.
O caso do PS é o mais problemático devido à posição central que ocupa no espectro partidário. Quem votar no PS tem que saber se eventualmente está a contribuir para um governo do "bloco central" ou para um governo de esquerda influenciado pelo BE ou PCP.
Enquanto a alianças não forem claras antes da votação qualquer aliança pós-eleitoral carece de suporte democrático e pode mesmo constituir um grave embuste político.
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