Todos sabemos da proverbial aversão dos portugueses pela matemática mas nem sempre divisamos todas as suas nefastas consequências.
Com a democratização do ensino e o advento das universidades privadas houve milhares de jovens que, para fugir à matemática, abraçaram cursos como Antropologia, Sociologia, Psicologia e outras humanidades que tais.
Chegados ao mercado de trabalho verificaram que o mundo empresarial não era permeável aos seus saberes. Uma boa parte deles, em desespero de causa, recorreram a um qualquer padrinho, biológico ou afectivo, com poder de decisão no aparelho de Estado (Ministro, Secretário de Estado, Director Geral, porteiro, contínuo, etc) para arranjar colocação. O que é perfeitamente compreensível.
À medida que estes formandos iam formando um grande grupo profissional a sua influência foi crescendo na acção do Estado; inversamente o cidadão foi sendo remetido ao papel de irresponsável ou pervertido, ou ambos. Todo esse novo corpo de especialistas precisava que houvesse destinatários merecedores da sua acção educativa, correctora, orientadora, suportante e apoiante. Os cidadãos descobriram de súbito uma panóplia de deficiências, taras e carências com que sempre tinham vivido sem sequer suspeitar.
Choveram as instruções sobre o tabaco, o sal, a forma de lavar as mãos, o álcool, as uniões de facto, as “tolerâncias zero” e o “vamos pôr fim a este drama nas estradas”. Chegámos ao ponto, numa das últimas “vagas de frio”, de ter sido feita uma recomendação formal, pela televisão, explicando ao povo, não fosse ele esquecer-se, que quando faz frio se deve vestir mais roupa.
Multiplicaram-se os gabinetes, observatórios e comissões que tentam impedir-nos de cometer as maiores barbaridades contra nós mesmos ao mesmo tempo que proporcionam empregos razoavelmente pagos e seguros a quem tem a fortuna de conhecer as pessoas certas.
Em suma, a inépcia matemática foi determinante para a transformação do papel do Estado. Hoje o Estado, como qualquer pai, cumpre o velho aforismo “quem dá o pão dá a educação” (pão sem sal e educação sexual)..
Com a democratização do ensino e o advento das universidades privadas houve milhares de jovens que, para fugir à matemática, abraçaram cursos como Antropologia, Sociologia, Psicologia e outras humanidades que tais.
Chegados ao mercado de trabalho verificaram que o mundo empresarial não era permeável aos seus saberes. Uma boa parte deles, em desespero de causa, recorreram a um qualquer padrinho, biológico ou afectivo, com poder de decisão no aparelho de Estado (Ministro, Secretário de Estado, Director Geral, porteiro, contínuo, etc) para arranjar colocação. O que é perfeitamente compreensível.
À medida que estes formandos iam formando um grande grupo profissional a sua influência foi crescendo na acção do Estado; inversamente o cidadão foi sendo remetido ao papel de irresponsável ou pervertido, ou ambos. Todo esse novo corpo de especialistas precisava que houvesse destinatários merecedores da sua acção educativa, correctora, orientadora, suportante e apoiante. Os cidadãos descobriram de súbito uma panóplia de deficiências, taras e carências com que sempre tinham vivido sem sequer suspeitar.
Choveram as instruções sobre o tabaco, o sal, a forma de lavar as mãos, o álcool, as uniões de facto, as “tolerâncias zero” e o “vamos pôr fim a este drama nas estradas”. Chegámos ao ponto, numa das últimas “vagas de frio”, de ter sido feita uma recomendação formal, pela televisão, explicando ao povo, não fosse ele esquecer-se, que quando faz frio se deve vestir mais roupa.
Multiplicaram-se os gabinetes, observatórios e comissões que tentam impedir-nos de cometer as maiores barbaridades contra nós mesmos ao mesmo tempo que proporcionam empregos razoavelmente pagos e seguros a quem tem a fortuna de conhecer as pessoas certas.
Em suma, a inépcia matemática foi determinante para a transformação do papel do Estado. Hoje o Estado, como qualquer pai, cumpre o velho aforismo “quem dá o pão dá a educação” (pão sem sal e educação sexual)..
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