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Vasco Pulido Valente, no Público de hoje faz algumas afirmações no mínimo curiosas, de que respiguei as seguintes:
A agência de rating Moody"s disse anteontem que a nossa economia não corria o risco de "morte súbita", mas corria o risco de "morte lenta". Para a Moody"s, sem uma considerável melhoria da competitividade (e, correlativamente, da receita fiscal) as coisas não têm salvação e o país pode "caminhar para um cenário de aumento de impostos, o que combinado com uma subida dos juros, irá pressionar ainda mais a sua saúde financeira".
... Em suma, para a Moody"s, Portugal está condenado a empobrecer pouco a pouco, sem grande esperança de um futuro, comparativamente, "normal".
... Para um americano, esta conclusão é trágica. Para um português, não é. Desde 1820 que Portugal sempre viveu na iminência de uma morte lenta.
... A Moody"s não nos conhece.
Quando analisamos o advento do liberalismo em Portugal, no início do século XIX, e o destino da Primeira República no dealbar do século XX constatamos que ciclicamente se têm registado em Portugal uns fogachos de progressismo iluminado, com decisiva influência maçónica. Por falta de sustentação económica e de autêntica participação popular tais experiências têm acabado por dar lugar a "longas noites".
O regime saído da Revolução de Abril parece estar a seguir o mesmo padrão.
Esta observação não é muito original e a minha competência para deduzir conclusões é muito precária mas confesso que isto me preocupa.
Parece-me que na nossa vida política, recheada de peripécias ridículas, esta questão tem sido quase sempre varrida para debaixo do tapete.
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