A moção de censura do BE, se for rejeitada como tudo leva a crer, constituirá um brinde magnífico para José Sócrates.
Com a sua inegável prosápia, na sequência de uma censura abortada ao governo, voltará a maravilhar os portugueses com a habitual panóplia de sucessos imaginários para perpetuar a colonização do Estado pelos incontáveis boys.
Se os alemães se resignarem a abrir os cordões à bolsa lá virá de novo o fascínio saloio pelas tecnologias, mais uma girândola de renováveis e mesmo novas miragens de obras faraónicas. O Estado Social a crédito pode até vir a render, como sempre tem rendido, um resultado eleitoral geitoso.
À esquerda, o PCP e o BE, incapazes de se reinventar, continuarão a remoer os sonhos inconfessados do capitalismo de estado, disfarçado com o activismo sindical, num caso, e com as propostas fracturantes, no outro.
À direita, o PSD e o CDS, reféns dos velhos poderes económicos, tergiversarão sobre o liberalismo económico. Uma aventura que a população, anestesiada com o biberom dos subsídios e do paternalismo estatal, hesita em aceitar. Mesmo com a expectativa de uma maioria absoluta no parlamento a direita sabe que soçobrará na rua qualquer veleidade de transformação.
Em suma, estamos lixados.
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