Tuesday, March 10, 2009

O mundo é simples: os judeus não conhecem limites

Com toda a sinceridade: quando li no Público de há uma semana uma matéria sobre o queijo da serra kosher, duvidei da sua relevância. Não do queijo kosher e dos seus fabricantes, a quem felicito pela iniciativa de divulgar o que de melhor há em Portugal por outras comunidades e desejo as maiores felicidades. Mas a relevância da notícia em si. O Público interessa-se pelo queijo kosher mas nunca se interessou pelo peixe congelado “Gonsalves” (assim com “s” para os americanos pronunciarem bem) vindo de Peniche, que eu comprava nos EUA. Da mesma forma também nunca se interessou pela comida das comunidades imigrantes em Portugal – já há lojas especializadas em produtos da Europa de leste, pelo menos em Lisboa, bem como da China e da Índia ou do Brasil ou África. Mas não é de se estranhar: afinal trata-se do mesmo jornal que conta entre os seus colunistas (para defender incondicionalmente Israel) com Esther Mucznik, representante de uma confissão religiosa ultraminoritária em Portugal, mas nem um único negro.
Foi por esse critério do Público que eu achei natural a referência ao queijo kosher. Mas qual não é o meu espanto quando descubro que há quem ache que tal artigo não é propaganda (gratuita) suficiente, e depois de tudo o que eu disse ainda consegue encontrar nele… anti-semitismo! Um gajo qualquer decide fabricar queijo kosher para exportação; o Público dedica duas páginas a tão importante e relevante matéria e ainda é anti-semita! Sinceramente tal blogue, em vez de “Boina Frígia”, deveria chamar-se “kippah”. Dá má fama à República – republicanos são estes. Mas nem se pense que isto tem algo a ver com república ou monarquia – o blogue onde encontrei a referência a tal texto até tem autores com fama de terem simpatias monárquicas. Não sei se tal é o caso de Henrique Burnay. Burnay não é nome de banqueiro? Pois… bem me queria parecer. Não há paciência para esta gente. Eu, pelo menos, não tenho.

No comments:

Post a Comment

Blog Archive