Em 2009, saíram de Portugal com destino às ilhas Caimão €2600 milhões. Um montante que representa 1,6% do produto interno bruto (PIB) e que aumentou o investimento de carteira (ações, obrigações e outros ativos financeiros) nacional naquele paraíso fiscal para €12,8 mil milhões, segundo dados do Fundo Monetário Internacional divulgados esta semana.
Desde 2003, o investimento português naquela região mais do que duplicou e é hoje o quarto maior das aplicações nacionais no exterior. Apenas Irlanda, Espanha e França tinham, no final do ano passado, maiores volumes de investimento português. A maior fatia pertence ao sector segurador que detém cerca de metade do total (52%), seguido da banca (18%).
As Caimão são o paraíso fiscal preferido dos portugueses e representam três quartos do investimento em offshores. Na ilha de Jersey estão cerca de €2000 milhões e nas ilhas Virgens Britânicas €1288 milhões. Há depois alguns investimentos de menor dimensão em regiões como as Antilhas Holandesas (€199 milhões), Guernsey (€186 milhões) ou Bermudas (€69 milhões). O investimento português em paraísos fiscais cresceu cerca de 14% em 2009 e ultrapassou os €17 mil milhões, um novo recorde.
Expresso, 20.11.2010
Ou eu me engano muito ou uma parte dos que choram "lágrimas de crocodilo", ou de caimão, sobre o estado das nossas finanças vão, ao mesmo tempo, pondo o seu dinheirinho em ilhas que os dispensem de pagar impostos.
Uma farsa que os responsáveis políticos não sabem, ou não querem, tirar de cena apesar das repetidas denuncias publicadas ao longo dos anos.
É mais fácil espremer à bruta aqueles que não podem, ou não querem, dar o golpe.
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