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Hoje, em Seul, na Coreia do Sul, reúnem-se os líderes das maiores economias do Planeta e das principais potências emergentes. São 19 países, mais a União Europeia. Será uma discussão entre os países que exportam e os que importam, entre as economias que poupam e as que se endividam, entre as potências do Ocidente e as forças emergentes da Ásia e da América do Sul, entre os que têm matérias-primas e as que têm de as comprar e entre os que provocaram a crise financeira e os que apenas sofreram com ela.
No meio de todos estes embates e, muitas vezes, cruzando-os, estará sempre a discussão entre dois homens: Barack Obama e Hu Jintao. O presidente dos EUA culpa a China por muitas das dificuldades que o seu país sente para garantir um regresso ao crescimento económico. Washington diz que Pequim mantém a sua divisa artificialmente desvalorizada e impede as empresas norte-americanas de competir nos mercados internacionais.
Do lado da China, não há grande vontade de abdicar de forma rápida da vantagem competitiva que têm as suas exportações. E responde-se aos EUA, com uma crítica feroz à sua política monetária expansionista, que faz cair o dólar e prejudica as exportações dos outros países.
Há claro, outros actores importantes, como a União Europeia, o Japão, a Índia ou o Brasil. E, na realidade, quem tem mais razões de queixa em relação à actual conjuntura monetária internacional é mesmo a Europa. Com o yuan e o dólar a serem levados a cair, o euro não tem tido outro caminho que não o da valorização face às duas divisas. Isso faz com que os representantes europeus, principalmente a Alemanha, não se cansem de distribuir críticas tanto aos EUA como à China.
Público, 11.11.2010
Este tipo de disputa gerou guerras ao longo da história.
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