Monday, August 6, 2007

¡Madrid me mata… de aburrimiento!


O que é Madrid, afinal? Não sei ou, pelo menos, não descobri, nos três dias que lá passei. Visitei dois museus de qualidade (o Reina Sofia e o Prado). De resto, um rio lastimável (o Manzanares), um palácio real e uma ópera vulgares, um jardim (o Retiro) igual a tantos outros, um estádio (Santiago Bernabéu) que é um monte de betão, uma praça (Cibelles) engraçadita mas nada de extraordinário, uma Gran Via igual a tantas avenidas em todo o mundo (e sem nada que a destaque)…
Tudo o resto é uma cidade vulgaríssima, com casas, algum comércio de bairro, uns restaurantes e cafés… Mais nada. Nada de nada.
Quer-se escolher um postal de Madrid e o que há para enviar? O que distingue Madrid de outras cidades, de forma a permitir identificar a capital espanhola num postal? Só a Praça Maior. Essa, sim, é uma praça bonita e única. Distinta. As ruas à volta (a zona até à câmara municipal) são engraçadas. Só esta pequena zona à volta da Praça Maior permite a um visitante sentir que está em Madrid e não noutra cidade vulgar qualquer. Tirando isso, só mesmo Moncloa e a sua arquitectura franquista (é triste mas é verdade) permitem a alguém que tenha sido transportado para lá sem saber abrir os olhos e reconhecer que está em Madrid. Muito, muito pouco para uma capital europeia. Principalmente com as pretensões de Madrid.
Gosto de tudo o (pouco) que visitei em Espanha até hoje menos Madrid. De Oviedo, Gijon, Vigo, Corunha, Santiago de Compostela (ah… Santiago de Compostela!). Achei todas estas cidades mais interessantes do que Madrid. Mesmo El Escorial, nos arredores da capital. Acho que nunca tinha apanhado uma decepção tão grande com uma cidade.
Valham os espanhóis. Dos espanhóis, pelo contrário, guardo as melhores recordações (sobretudo de madrilenos mas não só). São o povo mais simpático que eu conheci.

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