Passei as últimas seis horas a ouvir «The Opposite of Hallelujah», faixa que, até há sete horas atrás, assumi ser um mero arremedo death-metal da canção de Cohen/Cale/Buckley. Não sei como, mas Jens Lekman passou-me ao lado em 2007, e ter-me-ia passado ao lado em 2008 não fosse a bondade de terceiros, a inqualificável porosidade do meu filtro anti-spam, e o facto de eu ter horas disponíveis em lotes de seis.
Sempre me guiei pelo sábio princípio de que os arranjos domésticos de Stephin Merritt - xilofone, castanhetas, órgão a pilhas oferecido pela madrinha no Natal, etc. - eram o pináculo de qualquer coisa que devia ser transcendentalmente calamitosa, mas não é. Lekman levou a coisa ao estágio seguinte, parece-me. A confirmação segue dentro de mais seis horas.
(Os canais terrestres estão uma miséria tão grande que cheguei a tirar o Finnegans Wake da estante. Já lá o arrumei outra vez, mas foram momentos preocupantes.)
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