
A afirmação parece pacífica pois é indubitável ser impossível comprovar o que não aconteceu.
Acontece porém que tal afirmação de Vara se insere num silogismo falso que, embora não explicitado, foi frequentemente insinuado durante a entrevista:
"Um crime que não aconteceu não pode ser provado LOGO um crime que não pode ser provado não aconteceu".
Agora que Vara e os seus advogados conhecem o conteúdo do processo, que já devem ter percebido que lhes será fácil desvalorizá-lo, concentram-se na tarefa de nos fazer crer que o falhanço policial na recolha de provas significa que nada de grave aconteceu.
O senhor Godinho perdeu-se no caminho para a EDP, só isso.
Conviria talvez investigar quem avisou Vara em Junho, por carta "anónima" que o próprio confirmou, que as escutas das suas conversas com Sócrates estavam a decorrer.
É que esta tão menosprezada fuga ao segredo de justiça pode muito bem explicar por que é que a polícia tem só as provas que tem.
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