Uma selecção minha dos comentários à notícia do Público
23.09.2008 - 10h14 - jsgm, Lisboa, Portugal
Em Setembro de 1995 um caloiro recusou as praxes "voluntárias". Perante a pressão dos veteranos que o empurravam e queriam encurralar num canto do Pav. de Civil deu um soco num "veterano". Foi perseguido por uma horda que queria tirar desforço da afronta. Refugiou-se no Conselho Directivo e os "assaltantes" quiseram rebentar as portas para o extrair de lá e "fazerem justiça". Perguntem aos Prof. Gaspar Martinho e Carlos Salema que lá estavam quanto tempo durou o cerco, que só terminou com a chegada de uma secção da PSP para dispersar a turba e escoltar o caloiro para fora do campus da Alameda.
23.09.2008 - 06h26 - Tiago Marques, Lisboa, Portugal
Acabei este ano um curso de Engenharia no IST e como tal vejo-me na condição de poder comentar este assunto. Ao longo dos 5 anos que passei no Técnico vi bastantes praxes (apesar do meu curso ser o único anti-praxe do IST) entre as quais muitas verdadeiramente humilhantes. Sem dúvida aplaudo esta decisão do Prof. Matos Ferreira, uma vez que discordo completamente da necessidade de praxe. Os seus defensores vão dizer que é para receber e integrar os alunos do primeiro ano, mas para tal não são precisas praxes. Vejam o exemplo do meu curso, Engenharia Física e Tecnológica em que tínhamos uma comissão de recepção aos alunos do primeiro ano para os integrar, mostrar-lhes o Técnico e Lisboa e realizar uma série de actividades como jogos, desporto e jantares. Acho a praxe representativa daqueles alunos que estão mais preocupados com "a vida académica" do que com a Universidade. No Técnico é para se trabalhar, se estão mal vão para a Independente.
23.09.2008 - 00h35 - Anónimo, Lisboa
Estudei no Técnico e por lá continuo, sou investigador e estudante de Doutoramento... Acho esta manifestação completamente disparatada, porque praxes, que me lembre acho que tive um dia ou dois, e não foi coisa que me fizesse perder muito tempo... Acho que existem formas diferentes de se conhecer pessoas do que a partir de um conceito completamente ultrapassado. Normalmente as pessoas no Técnico unem-se por grupos, e não é por haver praxe que se unem mais ou menos... É completamente ultrapassado e seria bom acabar com esse conceito de uma vez por todas... Hoje em dia acho que não faz sentido absolutamente nenhum...
22.09.2008 - 23h44 - Anónimo, Lisboa, Portugal
Haja alguém com bom senso!! Parabéns pela decisão Prof. Matos Ferreira. Tão ridículo quanto as praxes, só mesmo os trajes académicos e toda a atitute parva que normalmente a acompanha. Este país tem que perder a "mania da importância de ser dr". Ser estudante universitário ainda é um previlégio e escusam de exibi-lo a tanta e tanta gente que nunca o consegui ser. Sejam educados. Divirtam-se, mas educadamente
22.09.2008 - 21h52 - Tiago Carvalho, Lisboa
Muito boa medida do Sr. Reitor, porque em Portugal o que se quer é não respeitar a autoridade enquanto se atropelam outros direitos arrogando-se, claro está, também duma autoridade. E digo isto no sentido mais amplo. No caso do IST, como antigo estudante e actual bolseiro: só quem é parvo é que defende as praxes por estas servirem para integrar. Não há mais maneiras de as pessoas conhecerem-se senão através de jogos ridículos que só servem para acentuar a diferença hierárquica? Piadas foleiras e sexuais acompanhadas de cerveja? É singular observar-se que as mesmas alimárias que defendem e exercem a praxe são os mesmos imbecis que se vão arrastando pelo curso sem empenho e trabalho e têm a sua masturbação trajada de capa e batina só quando os caloiros entram em Setembro. Com sorte pescam uma caloira e depois entregam-nos todos à sua sorte. Não tenham dúvidas: as pessoas que praxam não são exemplo, bem pelo contrário, são um tipo de sujeitos totalmente acéfalo e preguiçosa que regozijam com a humilhação dos outros; dos caloiros não tenho pena nenhuma porque também se deixam submeter. Se querem "integrar" combinem uma hora, façam uma vaquinha, bebam uns copos. Simples e garantido
22.09.2008 - 20h58 - afonso, Portugal
a polícia fascista do politicamente correcto anda a fazer das suas... a verdadeira praxe no IST é acabar o curso
22.09.2008 - 21h13 - GZP, Lisboa
É mentira que as praxes no IST sejam puramente voluntárias. Eu entrei em Eng. Civil em 1995 e consegui escapar às brincadeiras grosseiras desses meninos por pura sorte e manha. No ano seguinte esforcei-me por ajudar outros alunos recém-chegados a fazerem o mesmo e quase que fui agredido. Concordo inteiramente com a medida do reitor: o IST não tem que ser conivente com este tipo de práticas bárbaras; se o fizerem fora do campus, no espaço público, aí valem claramente as leis civis que proíbem a agressão e a coacção.
22.09.2008 - 20h50 - F. Correia, Porto
Eu fui praxado, quando entrei na FCUL, contra a minha vontade. Fui lancado ao lago do campo grande, em Lisboa, por me recusar a obedecer aos 'veteranos' do meu curso. O resultado foi ter ficado uma semana doente (provavelmente devido à ingestao da àgua estagnada)... Nunca percebí esta necessidade que muitos estudantes universitários têm de achincalhar e abusar dos seus colegas mais novos. Mesmo nas suas manifestacoes mais brandas, a praxe resume-se a comandar os caloiros. Se esta é a forma correcta de colegas se tratarem, vou alí e já venho.
22.09.2008 - 19h31 - CM, Lisboa
Eh pessoal, mas nao acham que essa coisa de praxes cheira a provincianismo com pouca graca? Saudacoes
22.09.2008 - 19h25 - vg, oeiras
Estes meninos deviam ter juizo.Quando lá andei,aquilo era uma escola para rapazes ,com boas instalações desportivas.Agora são "tunas " e praxes à moda do Norte...Bimbos
22.09.2008 - 19h17 - Anónimo, Caldas da Rainha
As praxes são tradição no IST??????? Quando oiço falar nas praxes e na capa e batina no IST é rir a bandeiras despregadas com a historieta.
22.09.2008 - 19h01 - JT, Portugal
Praxe voluntária? Ter um brotamontes mais velho, desconhecido, numa cidade desconhecida a gritar-te aos ouvidos, enquanto estás de joelhos a olhar para o chão, que se não fores praxado és um mer... que vais ser posto de parte durante o tempo que durar o curso, etc,... isso torna a praxe voluntária? Srs Estudantes, que tal um pouco de raciocínio, de preferência antes da sétima imperial? Será que é verdade, que no século XXI , o conservadorismo obscurantista que sempre foi combatido a partir dos meios académicos, agora é defendido, sobre o pretexto do álcool, por estes? As razões dos estudantes(?) são tão válidas com as dos que defendiam que as mulheres não tinham inteligência suficiente para votar (alguns deles, de caneca na mão dirão "E têm?"), ou que os não nobres não tinham capacidades governativas (E o estudante com a capa cheia de cerveja dirá "pois claro, hic, não estudavam...")
22.09.2008 - 19h00 - Anónimo, lisboa
Concordo plenamente com o fim das praxes. As mesmas não são mais que: fizeste-me a mim, hei-de fazer a ti. É tempo de os nossos futuros Engenheiros pensarem em receber dignamente os nossos caloiros em que a maior parte deles necessita de apoio e não de praxes. Uma brincadeira de uma hora ou um dia aceito, agora praxe de uma semana? Não sejam ridículos e defendam um nome tão grande como Instituto Superior Técnico. Eu fui aí estudante e nunca participei em nenhum evento dessa natureza.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
Blog Archive
-
▼
2008
(890)
-
▼
September
(83)
- O Mundo Pós-Americano
- Dez anos
- A Airbus inaugura fábrica em Tianjin
- A Dieta Rochemback
- Não tenho a mania das cruzadas
- O universo da riqueza
- Socialismo referendário
- Joaquim Maria Machado de Assis
- Diz o roto ao nu...
- La fida ninfa
- Premonição
- A insustentável leveza do Estado
- O caso do "azeite espanhol"
- Regresso à Alameda
- Assim se vê a força do PC
- Ana Rita Canário
- Sócrates recusa debater casamentos com ovelhas por...
- Chama-se provincianismo
- É por isso que eu gosto desta escola (e deste curso)
- É por isso que eu gosto desta escola
- Até tu, Alhos Vedros ?
- A traição do tempo
- Santa Aliança
- Sobre o cartão magnético de acesso às escolas
- Regulação, régulo, reguada...
- ANDROID (intervalo para publicidade gratuita)
- A mente galáctica e "o vazio da mente"
- Car Jaquim e Home Jaquim
- Edward Norton Lorenz (1917-2008)
- Estes cômplos
- Odisseia na terra
- O novelo
- As causas da Júlia, da Maria, da Fernanda, da Caro...
- Na semana da mobilidade
- Maria Keil é parte essencial da memória de Lisboa
- Contra a "funcionalização" geral
- Poesia, para desenjoar da política.
- Não derrube o capitalismo, compre-o
- Cravos vermelhos
- Blackguard Quingzi
- O Grande Colisionador de Hadrões na óptica do util...
- Rita
- Enigmas da Blogosfera (1)
- Assaltantes apanham táxi para fugir da polícia
- Os portugueses e os prazos
- Estado e Mercado - a falsa dicotomia (1)
- A prudência do marketing
- Já tenho idade para não me irritar com estas coisas
- Mudança de mãos, apenas
- Para o epitáfio do Lehman Brothers
- Inédito e inimaginável ?
- O ponto em que devemos retomar Marx
- Esta deixou-me estupidamente de rastos
- Fim de Verão
- Take the money and run
- Fui para fora cá dentro
- Obama será Presidente, ou lá ou cá...
- Os fãs de Hu Jintao on-line
- Quinze anos
- Bastien e Bastienne
- Finalmente LHC
- Votou Angola, e em força
- Os media e a física fundamental
- O perverso abraço da Anaconda
- Sinais do apocalipse
- Os snipers no BES e nas FARC
- Não há imagens inocentes
- O diabo da informação
- Assim se vê a força do PC
- A imponderabilidade de Nobre Guedes
- Antes do primeiro jogo de qualificação
- Pois
- Georgia W. Bush
- Reserve já a sua vaga de porteiro
- A rebarbadora rebarbativa
- Quadra triste (a uma bandeira invertida)
- Marx, realmente incontornável
- Massiel canta Bertolt Brecht
- O Circo GEORGIA
- Com a Rússia não se brinca e com os cidadãos també...
- OBAMANIA
- Efeitos colaterais do Gustav
- Notícias misturadas
-
▼
September
(83)
No comments:
Post a Comment