A chefe de gabinete do vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa tem, há cerca de 18 anos, uma casa arrendada pela autarquia a custos controlados. Isabel Soares, antiga presidente da Gebalis (a empresa municipal que gere a habitação social na capital) e actual membro do staff de Marcos Perestrello, já nem sequer habita a casa, situada em Telheiras, mas ainda lá tem o seu filho a viver, que paga 350 euros mensais de renda.
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Mas Isabel Soares não é a única na mira de Helena Lopes da Costa. A actual deputada do PSD garante que Ana Sara Brito, actual vereadora da Habitação e Acção Social, era "uma das pessoas que pedia mais casas, em reuniões da câmara". A actual vereadora de António Costa "era presidente da Junta de Freguesia da Encarnação e muito activa a fazer pedidos".
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Helena Lopes da Costa foi constituída arguida num processo de alegado favorecimento na atribuição de habitações sociais, depois de uma denúncia que deu origem a um processo com contornos ainda por esclarecer. No âmbito do mesmo processo, Miguel Almeida, também deputado do PSD, foi também constituído arguido, tendo já sido levantada a imunidade parlamentar a ambos, durante a semana passada. Tanto a ex-vereadora da CML, como o antigo chefe de gabinete de Santana Lopes, decidiram responder por escrito. Os dois são suspeitos de corrupção e de falsificação de assinatura de funcionário.
DN, 23.09.2008
Se quiser saber mais sobre este verdadeiro novelo veja o DN de hoje aqui.
É por estas e por outras, porque quando se puxa uma ponta nunca se sabe o que aparece, que continuamos à espera do desenlace dos "casos de corrupção" que deram origem às últimas eleições em Lisboa. Curiosamente ninguém parece incomodado com a inanição da Câmara, nesta cidade entre parêntesis que no passado tanto preocupava os comentadores.
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