
Dizem, por exemplo: "Vivemos em "overdose" de informação desnecessária e invasiva como um tumor maligno. Escapar a esta "overdose" é impossível, tanto na imagem como na palavra escrita, a não ser que desliguemos todas as tomadas eléctricas."
Acho estes alertas um pouco reaccionários. Também não seria avisado, no dealbar dos livros impressos, temer a banalização e proliferação da informação. Curiosamente estes assustados analistas vão sempre buscar a leitura dos livros como contraponto à selvajaria das buscas na internet.
Não sei porquê entendem que assistir longamente, em detalhe, às contracurvas dum romancista é mais profícuo do que activamente comparar e relacionar umas dúzias de teses em rede.
Aparentemente não percebem que o valor da informação está naquilo que acontece dentro das mentes que a ela acedem e não no meio que a disponibilizou. Estamos a assistir a uma mudança de paradigma, não consigo evitar o lugar comum.
Por outro lado, e isto é revelador, nunca referem as oportunidades que se abriram, para muitos, de expressar as suas opiniões publicamente.
Acho que os velhos do Restelo não vão ter outro remédio senão habituar-se a este novo mundo.
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