Sunday, November 9, 2008

O mito da "regulação"

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" O ex-presidente do Banco Português de Negócios (BPN) José de Oliveira e Costa tem uma reforma de cerca de três mil euros por mês como director do Banco de Portugal. Segundo apurou o Correio da Manhã, a autoridade de supervisão já pagou mais de 600 mil euros em pensões desde que, em 1991, Oliveira e Costa se reformou como director (o topo da carreira) após 29 anos ao serviço da autoridade de supervisão."
Correio da Manhã, 07.11.2008

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"No Banco de Portugal conhece Cavaco Silva, que, anos mais tarde, o convidará enquanto ministro das Finanças para a vice-presidência do BNU. Daqui transita para o BPSM, onde permanece até 1985. Nessa data Cavaco Silva surge de novo no seu destino, nomeando-o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, cargo que exerce durante seis anos, tendo como ministros Miguel Cadilhe e Miguel Beleza. Após a saída do Governo é escolhido para representar Portugal no Banco Europeu de investimentos (BEI), regressando em 1994. Após ocupar o lugar de deputado do PSD, vai pela primeira vez para a presidência de um banco, o Finibanco de Álvaro da Costa Leite.Durante três anos lidera o processo de expansão, saindo depois para presidir aos destinos do Banco Português de Negócios."
Público, 15.02.2008

Esta biografia é especialmente dedicada àqueles que acreditam que os problemas como o do BPN, ou do BCP, se resolvem com a "regulação" do Estado.
Como é fácil verificar os que fazem a "regulação" até podem ser os mesmo que levam, mais tarde, os bancos à ruína. Digamos que vão aternando e assumindo, à vez, os diversos papéis...

A acção, ou omissão, das "entidades competentes" em cada momento pode até integrar-se em subterrâneas guerras de grupos em que, por exemplo, uma nacionalização pode ser apenas uma forma de transferir "activos" de um grupo para outro através de uma posterior privatização.
O Estado pode funcionar apenas como plataforma giratória, e dilatória, destas transferências...
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