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O Governo adiou para Janeiro a discussão da proposta de alteração da carreira médica, que logo tinha suscitado a oposição dos Sindicatos, e vai reformulá-la.
Por outros exemplos, receio bem que a Ministra faça finca-pé em aspectos que não têm grande relevância para o serviço prestado à população, e vá abrir mão daqueles que poderiam de facto contribuir para um melhor SNS.
Por exemplo, insistir por um lado em que os médicos trabalhem mais horas por semana, pagando-lhes o mesmo. E por outro abrir mão da exigência de só os médicos com mais de 55 anos poderem ser dispensados das urgências nocturnas. Ou de as competências de determinados graus médicos serem revalidadas de 5 em 5 anos. A ver vamos.
Por outro lado, não é difícil descortinar nas reacções à proposta uma guerrinha entre Ordem e Sindicatos, subjacente à unidade da corporação em defesa do seu “estatuto”.
Claro que as vitimas do “conflito em larga escala” com que o presidente da Federação ameaçou o Governo, serão exclusivamente os doentes que os senhores doutores eram supostos servir...
Esta situação, assim como o conflito entre os sindicatos dos professores e o Governo, deve levar-nos a repensar a legitimidade social e ética de certas corporações profissionais que prestam serviços de primeira necessidade por conta do Estado utilizarem a greve como meio de reivindicação sindical.
Por coincidência, ouvi hoje que os jogadores do Estrela da Amadora, apesar de não receberem ordenado, não tinham feito greve ao jogo com o Futebol Clube do Porto...
Jogassem eles por conta do Governo e outro galo cantaria!
por Maria Rosa Redondo
(nossa analista, em exclusivo, do tema "clubes e corporações")
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