Os russos são um povo mais ou menos simpático, mas com a mania das grandezas, indisciplinado e que gosta muito de beber. Exactamente a impressão que eu tinha.
A falta de conhecimentos de inglês dos russos é geral, mesmo em cidades maiores como Moscovo. No laboratório onde estive, frequentado por muitos cientistas de todo o mundo, os empregados não falam inglês. Perguntar a alguém o caminho, ou outra coisa qualquer, é um tormento. Como um bom povo imperialista, não só os russos não falam outra língua que não a sua, como ainda acham que toda a gente deve entendê-la. E assim se se perguntar o caminho para algum lugar, levamos logo uma explicação detalhada em russo. Uma explicação que é uma pura perda de tempo, e que me fazia desesperar, mais a minha impaciência nova-iorquina. Várias vezes tal me sucedeu; várias vezes estive para os interromper e dizer em inglês: “Poupa o teu fôlego. Eu só vou olhar para o que me indicares com as mãos!”
Nesse aspecto os franceses são melhores. Mais eficientes. Também julgam que toda a gente deve falar francês, mas não perdemn muito tempo a explicar. Quem não perceber, pelo menos não perde tanto tempo a ouvi-los. Os franceses são antipáticos, e por isso são-me muito simpáticos. Os russos deveriam aprender com eles.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
Blog Archive
-
▼
2009
(761)
-
▼
June
(60)
- Pepinos curvos e cenouras nodosas - uma nova era
- A revolta dos equiparados
- MILF Hunter
- If you've forgotten what I'm naming
- Duas exposições na Baixa
- Futilidades
- A desforra das corporações
- Strings 2009
- Blue met green in black
- Morreu o Thriller
- GNR no São João
- Sou tão prestável
- AFARI
- Aldaily temático, seguido de modesto exercício de ...
- Não resisto ao centralismo tripeiro
- A loucura dos 'OUTDOORS'
- O nosso Berlusconi
- Primeiro Airbus A320 fabricado na China
- Super Oba(Man)
- Galileu na China pela mão dos portugueses (2)
- 65 anos - flor da idade
- Má propaganda
- Nova esquerda
- Algumas considerações sócio-políticas sobre a entr...
- Uma espécie de conceito de cidade
- António Ruella Ramos (1938-2009)
- Ficção engomada
- Emo Kid is throwing slow-mo dove at my face
- Horse montaaaage!
- O PS (e a esquerda) em maus lençóis
- Vantagens da edição da Europa-América de um romanc...
- Dancemos o vira
- Vacas e ovelhas desaconselhadas
- Orgulho Gay em Xangai
- Nos feriados e no Santo António
- Dois portugueses "à Cavaco"
- Há cinco anos
- 75 anos de Donald
- Por pau de canela e Marzagão
- Suspendamos a democracia por quatro meses
- Um motor pouco ortodoxo
- Copiam o Sporting em tudo
- No rescaldo das europeias
- O culpado é o povo ?
- Uma exposição interessante
- Vote para fora cá dentro
- Se vai votar não beba
- Há mar e mar, há ir e votar
- Dom Giovanotto
- Gaiteiros em Braga
- Entre a Manuela Moura Guedes e o Pedro Tadeu, ao m...
- Quatro Coreógrafos
- Eleições (1)
- Ilustríssimo sr. Vasco...
- A 20 anos de Tiananmen
- Crónica da Rússia (2)
- Crónica da Rússia (1)
- Socialismo precário
- De volta da Rússia, para o Cinco Dias
- A legitimidade do amor
-
▼
June
(60)
No comments:
Post a Comment