Desaconselho vivamente este hollywoodesco Contraluz, mesmo na silly season.
Faz-me lembrar o indigesto Babel de Iñárritu, mas numa versão mais básica.
Enquanto Babel tentava ilustrar a probalilidade de as coisas na vida correrem mal, ou muito mal, Contraluz pretende convencer-nos de que as coisas na vida podem correr bem, ou muito bem.
Grandes paisagens são mostradas sob o efeito de uma música intragável que inviabiliza qualquer reflexão, tal como em Babel. Os cordelinhos da ficção todos à mostra também.
A moda das histórias que se cruzam está de regresso pela mão de Fernando Fragata para sustentar um misticismo das coincidências que resulta infantilmente enjoativo.
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