Nos dias de hoje, em que Ivan Dragos de proveta como Cristiano Ronaldo passam um jogo a fazer sprints de 60 metros - culminados com frequente e perturbante objectividade - sem sequer terem a decência de transpirarem, é sempre um prazer ver o meu Pipi completamente esgotado antes do intervalo, recusando passes dos companheiros com trágicos acenos de cabeça, e uma heróica resignação estampada naquele rosto de fumador que acabou de subir dois lanços de escadas.
Não consigo explicar o quanto gosto deste rapaz. Nasceu no mesmo ano que eu, presumo que tenha uma dieta muito mais racional, e mesmo assim aposto que lhe ganhava numa teste de Cooper. O futebol tem minutos a mais para tanto talento. Não sei se o merecemos, mas espero sinceramente que fique por muitos anos.
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