A sensação é discreta, mas inconfundível: Martin Amis definiu-a como uma "certeza resignada". Falo daquele furtivo formigueiro cerebral que se instala quando começamos a ler um autor que rapidamente nos impõe a sua indispensabilidade. O cânonezinho portátil que tenho na cabeça foi sendo formado assim: Pynchon, Bellow, Roth, Norman Rush, Henry James, Sterne, Barthelme, Nabokov... com todos eles bastou uma dúzia de páginas para perceber que teria eventualmente de ler tudo aquilo que escreveram - incluindo listas de compras, postais de Natal, receitas de cozinha e testamentos.
My Life as a Fake é o primeiro livro de Carey que leio. Mas já estou a lançar olhares nervosos ao extracto bancário (o meu, não o dele, que, tanto quanto sei, ainda não foi publicado).
No comments:
Post a Comment