Isto é daquelas coisas, como um corte de cabelo feito por impulso, ou um trambolhão no "Isto Só Vídeo", que parece muito pior do que é na realidade. Nem sequer é nada de novo: acontece-nos duas ou três vezes por época, uma pessoa anda há vinte anos a fazer planos de contingência, os anticorpos já sabem a rotina de trás para a frente.
O pior que pode resultar daqui é um ânimozinho revolucionário aos que desejam uma vaga de fundo para devolver Paulo Bento às Astúrias. Não seria a maior asneira da história do Sporting, nem a menor: seria apenas mais uma, e sinceramente, já me começam a faltar esferas no ábaco.
O erro de Paulo Bento esta noite é tão incontornável como irrelevante. É certo que retirar o lateral-esquerdo ao intervalo é o equivalente futebolístico a invadir a Rússia em Setembro (manobra estreada, pelo menos neste clube, a 14 de Maio de 1994). Mas o jogo estava perdido desde os primeiros minutos, quando a equipa do Braga descobriu que estava a jogar não contra outra equipa, mas contra uma daquelas expedições ao Evereste que corre mal.
A maior responsabilidade que pode ser imputada a Paulo Bento é a de ter feito um trabalho demasiado bom no ano passado: levou um plantel com apenas oito jogadores de campo (e incluo o Abel nesta estimativa apenas porque a sua hirsutez me intimida) a sítios onde plantéis com apenas oito jogadores de campo nunca devem ir sem tendas, cordas, e botijas de oxigénio.
O pior que pode resultar daqui é um ânimozinho revolucionário aos que desejam uma vaga de fundo para devolver Paulo Bento às Astúrias. Não seria a maior asneira da história do Sporting, nem a menor: seria apenas mais uma, e sinceramente, já me começam a faltar esferas no ábaco.
O erro de Paulo Bento esta noite é tão incontornável como irrelevante. É certo que retirar o lateral-esquerdo ao intervalo é o equivalente futebolístico a invadir a Rússia em Setembro (manobra estreada, pelo menos neste clube, a 14 de Maio de 1994). Mas o jogo estava perdido desde os primeiros minutos, quando a equipa do Braga descobriu que estava a jogar não contra outra equipa, mas contra uma daquelas expedições ao Evereste que corre mal.
A maior responsabilidade que pode ser imputada a Paulo Bento é a de ter feito um trabalho demasiado bom no ano passado: levou um plantel com apenas oito jogadores de campo (e incluo o Abel nesta estimativa apenas porque a sua hirsutez me intimida) a sítios onde plantéis com apenas oito jogadores de campo nunca devem ir sem tendas, cordas, e botijas de oxigénio.
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