Encontrei no Diário de Notícias de 7 de Janeiro alguns extractos da referida entrevista a Anabela Mota Ribeiro, que a seguir transcrevo Mais textos podem ser vistos aqui e no auto-falante.
[Sobre por que se filiou no PCP] Agora que estou no fim, quero é que me arranjem onde cair morto... Sabe, eu gosto muito daquela bandeira e os gajos prometeram que me levam o caixão com a bandeira! Tenho uma militância contemplativa! Fui para ali como para um porto de abrigo.
Nunca fui um tipo muito sexuado. Desde o dia 31 de Dezembro de 1974 que não dou uma...
Ninguém vai chorar por mim, para que é que haviam de chorar? Um homem chora não é? Com toda a franqueza eu ainda fico chocado, magoado, mas chorar não me é muito fácil. As pessoas têm pena quando alguém morre? Por que é que se deve ter pena de uma pessoa que está aqui, que não fala, que não sae onde está, que se borra e mija e que já não dá por isso? Isso é que me faz impressão. Eu, por enquanto, ainda não cheiro a mijo. Mas arriscar-me a sair daqui?
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