Depois de grandes escritos, no tamanho, é certo, e de maçadoras apreciações sobre os OGM, eis que me dá para escrever ao ao correr da pena sobre as eleições no PSD.
Ao contrário da maioria dos comentaristas que se sentem muito incomodados com a vitória de Luís Filipe Menezes, isso não se passa comigo e até acho que dali pode surgir a derrota do PS de Sócrates.
Hoje, do meu ponto de vista, Sócrates e a sua política são altamente perniciosos ao país, pois estão a destruir conscientemente, com o apoio da direita patronal e civilizada, o pequeno Estado Social que, desde o 25 de Abril, se tinha vindo, com avanços e recuos, a construir.
Nesse sentido penso que um líder político que seja capaz de derrotar Sócratas, com um programa que não é mais à direita do que o dele, parece-me positivo. Pelo menos, permitirá, enquanto o pau vai e vem, que a esquerda se recomponha nos próximos tempos, se isso ainda for possível.
Com Marques Mendes o que tínhamos era a continuação da política de Sócrates por outros meios, que ninguém sabia se eram melhores.
Com Menezes, o famoso populista, o que temos é um ataque ao Governo de Sócrates pela esquerda. Quem viu as declarações de Menezes na noite da sua vitória, dizendo que o PS não só tinha metido o socialismo na gaveta, mas também a social-democracia e que o seu Governo era conservador, perceberá que, mesmo no domínio da mais pura demagogia, o pulsar do PSD vai ser diferente. Por isso, os comentadores muito alinhados com esta política conservadora e neo-liberal do nosso primeiro-ministro, não gostam de alguém que não diz que faz melhor do que ele, mas que chama os bois pelos nomes.
Por outro lado, esta prática do PSD de atacar o PS pela esquerda já não é nova. Apesar da seriedade que hoje imprime á sua postura política, Cavaco, quando ganhou o Congresso da Figueira e depois desencadeou a luta contra o Bloco Central e principalmente contra o PS, fê-lo igualmente pela esquerda. O seu discurso da altura, com as devidas distâncias, assemelhava-se muito ao do PCP. Falava só de desenvolvimento, da necessidade de avançar com investimento público e era declaradamente contra as forretices de Mário Soares, que aplicava na altura conscienciosamente as directivas do FMI.
Portanto, apesar de hoje muita gente já estar esquecida disto, esta política do PSD de ultrapassar o PS pela esquerda já se verificou noutras alturas. Vamos a ver como resulta. A procissão ainda vai no adro.
Ao contrário da maioria dos comentaristas que se sentem muito incomodados com a vitória de Luís Filipe Menezes, isso não se passa comigo e até acho que dali pode surgir a derrota do PS de Sócrates.
Hoje, do meu ponto de vista, Sócrates e a sua política são altamente perniciosos ao país, pois estão a destruir conscientemente, com o apoio da direita patronal e civilizada, o pequeno Estado Social que, desde o 25 de Abril, se tinha vindo, com avanços e recuos, a construir.
Nesse sentido penso que um líder político que seja capaz de derrotar Sócratas, com um programa que não é mais à direita do que o dele, parece-me positivo. Pelo menos, permitirá, enquanto o pau vai e vem, que a esquerda se recomponha nos próximos tempos, se isso ainda for possível.
Com Marques Mendes o que tínhamos era a continuação da política de Sócrates por outros meios, que ninguém sabia se eram melhores.
Com Menezes, o famoso populista, o que temos é um ataque ao Governo de Sócrates pela esquerda. Quem viu as declarações de Menezes na noite da sua vitória, dizendo que o PS não só tinha metido o socialismo na gaveta, mas também a social-democracia e que o seu Governo era conservador, perceberá que, mesmo no domínio da mais pura demagogia, o pulsar do PSD vai ser diferente. Por isso, os comentadores muito alinhados com esta política conservadora e neo-liberal do nosso primeiro-ministro, não gostam de alguém que não diz que faz melhor do que ele, mas que chama os bois pelos nomes.
Por outro lado, esta prática do PSD de atacar o PS pela esquerda já não é nova. Apesar da seriedade que hoje imprime á sua postura política, Cavaco, quando ganhou o Congresso da Figueira e depois desencadeou a luta contra o Bloco Central e principalmente contra o PS, fê-lo igualmente pela esquerda. O seu discurso da altura, com as devidas distâncias, assemelhava-se muito ao do PCP. Falava só de desenvolvimento, da necessidade de avançar com investimento público e era declaradamente contra as forretices de Mário Soares, que aplicava na altura conscienciosamente as directivas do FMI.
Portanto, apesar de hoje muita gente já estar esquecida disto, esta política do PSD de ultrapassar o PS pela esquerda já se verificou noutras alturas. Vamos a ver como resulta. A procissão ainda vai no adro.
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