"A Outra Margem" de Luís Filipe Rocha apresenta-se assim:
Um "travesti" que perdeu o gosto pela vida é confrontado com a alegria de viver de um adolescente com síndrome de Down. Filme que pretende iluminar e exibir a humana normalidade dos "anormais", A Outra Margem propõe uma ponte de compreensão entre as duas margens.
O trabalho dos actores é excelente e os ambientes criados são muito conseguidos e verosímeis.
O diálogos são bons e "falam" só quando necessário.
O problema é que a história, que começa muito forte, vai perdendo força e agoniza na previsibilidade e nos bons sentimentos. Uma incursão sem chispa pelo mundo das diferenças.
O filme não surpreende nem desafia o espectador. Não se leva um murro no estômago e sai-se da sala demasiado em paz com a vida.
"A Outra Margem", que não é alcançada, podia ter sido um grande filme.
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