O tigre é impulsivo e poderoso, por vezes impaciente ou até imprudente, isto em contraste com o tenaz e lógico animal que o precede no zodíaco chinês, o búfalo. Em 2010, é natural que muitos chineses considerem auspicioso um comportamento mais rebelde do seu país.
De um ponto de vista estratégico, a China enfrenta a perspectiva da rivalidade a prazo com a hiperpotência americana e, de certa forma, também com a União Europeia. Mas a nível económico, existe uma interdependência entre estes blocos: Pequim acumulou vastas reservas financeiras que podem afectar as economias ocidentais, mas precisa destes mercados para manter o crescimento do PIB de que depende a estabilidade.
Num plano regional, Pequim tem de lidar com algumas relações difíceis, nomeadamente com o Japão (potência em declínio) e a Coreia do Norte, país imprevisível que apenas a China sabe conter. Há ainda a rivalidade com a Índia, mais complexa, e a relação ambígua com países muçulmanos: a China tem tendência para apoiar Irão e Paquistão, mas preocupa-se com a sua minoria muçulmana.
A relação com a vizinha Rússia também tem ambiguidades. Por um lado, o império russo ocupou vastos territórios na Sibéria, antes da China, e esse espaço é rico em matérias-primas e está quase vazio; por outro lado, a China tem aproveitado a tecnologia russa e o seu programa espacial, por exemplo, não podia voar sem ajuda.
A prazo, esta será uma enorme incógnita, mas no ano do tigre de 2010 é natural que a China procure garantir acesso a matérias-primas, sobretudo energia comprada a iranianos, russos e africanos. A estratégia tem sido cuidadosa e paciente e ainda é cedo para mostrar a força do tigre.
De um ponto de vista estratégico, a China enfrenta a perspectiva da rivalidade a prazo com a hiperpotência americana e, de certa forma, também com a União Europeia. Mas a nível económico, existe uma interdependência entre estes blocos: Pequim acumulou vastas reservas financeiras que podem afectar as economias ocidentais, mas precisa destes mercados para manter o crescimento do PIB de que depende a estabilidade.
Num plano regional, Pequim tem de lidar com algumas relações difíceis, nomeadamente com o Japão (potência em declínio) e a Coreia do Norte, país imprevisível que apenas a China sabe conter. Há ainda a rivalidade com a Índia, mais complexa, e a relação ambígua com países muçulmanos: a China tem tendência para apoiar Irão e Paquistão, mas preocupa-se com a sua minoria muçulmana.
A relação com a vizinha Rússia também tem ambiguidades. Por um lado, o império russo ocupou vastos territórios na Sibéria, antes da China, e esse espaço é rico em matérias-primas e está quase vazio; por outro lado, a China tem aproveitado a tecnologia russa e o seu programa espacial, por exemplo, não podia voar sem ajuda.
A prazo, esta será uma enorme incógnita, mas no ano do tigre de 2010 é natural que a China procure garantir acesso a matérias-primas, sobretudo energia comprada a iranianos, russos e africanos. A estratégia tem sido cuidadosa e paciente e ainda é cedo para mostrar a força do tigre.
(Ainda é cedo para a China mostrar a sua força, Diário de Notícias, 14.02.2009)
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