
"Os dados apontam para algum aumento da criminalidade violenta e grave no primeiro semestre", quando comparado com os primeiros seis meses de 2007, admitiu o ministro da Presidência, reconhecendo que são "situações que não devem ser minimizadas".
Público, 28.08.2008
Eu diria que agora "até um cego vê" o aumento da criminalidade violenta.
Agora que parecemos caminhar para uma situação sem retorno, em que a violência concretizada (não a potencial) vai ter que ser violentamente reprimida, cabe perguntar: quem explica como foi possível esta transformação do nosso país ? quem assume a responsabilidade ?
Durante anos minimizou-se os sinais, desculpabilizou-se com pretextos étnicos e sociais inaceitáveis, tolerou-se todo o tipo de indisciplinas e pactuou-se com os mais óbvios atropelos.
Autoridades e "fazedores de opinião" bem-pensantes inviabilizaram, cada um à sua maneira, as actuações preventivas e cautelares, a montante do momento dos crimes, durante anos. Por desleixo ou preconceito alguns continuam mesmo a fazê-lo. Mesmo perante o alarme dos factos.
Volto a perguntar: não há por aí ninguém que assuma a responsabilidade pelas vítimas, inocentes ou não, que vamos ter durante os próximos anos ?
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