Tuesday, March 24, 2009

Sandro! (& chocolate chip cookies)

O post de hoje é subordinado ao tema "Sandro!", como é utilmente sugerido logo no título. O vocábulo "Sandro!" que deve ser sempre gritado, e nunca, em circunstância alguma, pronunciado com indiferença, refere-se ao imortal Sandro de América - uma combinação blasfema de Tom (Jones), Tony (de Matos), e Tourette's (syndrome), que anda a humedecer cuecas sul-americanas desde a década de 60, e que continua a apresentar intrigantes desafios à inquestionável heterossexualidade de todos nós, os inquestionavelmente heterossexuais. Passo agora à apresentação de exemplos:



Chamo a atenção das vossas já lubrificadas retinas para o trepidante passo de dança entre os 0:23 e os 0:26 segundos - um espástico moonwalking medieval executado, nas palavras profundamente invejosas de um dos comentadores do vídeo, por "um rapazinho com poliomelite". Avancemos em direcção ao trigal:



Nota-se já aqui uma evolução estética. As calças prescindiram do cinto porque, francamente, quem precisa de um? A dança é feita com um braço atrás das costas porque, francamente, quem precisa de dois? A transpiração fica para ali quietinha na cara dele, aterrorizada por se ter encontrado subitamente numa estátua da Ilha de Páscoa. Sandro afirma com serenidade que é o "dueño" do nosso "fruto", o que me parece irrefutável. Realce também para o gesto proto-Paulobentino ao minuto 1:16, demonstrando a existência de um consenso atemporal sobre o facto de a bola ter batido no peito do Pedro Silva. Por último, Sandro fala-nos do seu amigo, o Puma:



Um cinto foi novamente adicionado ao caldeirão hormonal, mas a camisa já abandonou quaisquer intenções diplomáticas, tendo-se rendido à superioridade do oponente. Este vídeo é particularmente útil para observar a relação de amizade entre o Puma e as suas amigas. O puma, "frente a las mujeres/ Pierde su timidez", enquanto que as mujeres, frente a lo puma, pierden as suas cuecas a um ritmo preocupante, como se pode ver no dilúvio ao minuto 3:03.
E agora, porque dá azar meter três YouTubes seguidos num post sem terminar com um non sequitur, aqui fica o «(Nothing but) Flowers», uma das minhas oito canções preferidas de todos os tempos, cantada por David Byrne, um homem a quem eu acho que a Humanidade em geral não tem atirado cuecas suficientes.



(p.s.: não se esqueçam também que amanhã à noite têm uma excelente oportunidade para atirarem as vossas cuecas ao Samuel Úria)

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