Na entrevista com Judite de Sousa, na RTP1, Armando Vara disse várias vezes que não podia haver provas de certos factos pela simples razão de que eles não teriam ocorrido.A afirmação parece pacífica pois é indubitável ser impossível comprovar o que não aconteceu.
Acontece porém que tal afirmação de Vara se insere num silogismo falso que, embora não explicitado, foi frequentemente insinuado durante a entrevista:
"Um crime que não aconteceu não pode ser provado LOGO um crime que não pode ser provado não aconteceu".
Agora que Vara e os seus advogados conhecem o conteúdo do processo, que já devem ter percebido que lhes será fácil desvalorizá-lo, concentram-se na tarefa de nos fazer crer que o falhanço policial na recolha de provas significa que nada de grave aconteceu.
O senhor Godinho perdeu-se no caminho para a EDP, só isso.
Conviria talvez investigar quem avisou Vara em Junho, por carta "anónima" que o próprio confirmou, que as escutas das suas conversas com Sócrates estavam a decorrer.
É que esta tão menosprezada fuga ao segredo de justiça pode muito bem explicar por que é que a polícia tem só as provas que tem.
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