O FPR na sua saga anti-partidos avisa que “nenhum candidato apresentou propostas capazes de entusiasmar o povo” e cita dois exemplos, que, segundo ele, mereceriam resposta adequada dos candidatos e que sobre os quais ninguém se prenunciou.
O primeiro exemplo, francamente, parece-me muito mal escolhido. Se houve coisa que foi tema obrigatório da campanha foi a frente ribeirinha. Todos se pronunciaram que ela fosse entregue à cidade e que não continuasse a ser gerida pelo Porto de Lisboa.
Parece que o Fernando desconhece como, já quase no final da campanha, foi revelado que o mandatário de António Costa, José Miguel Júdice, tinha sido encarregue pelo Governo, há já pelo menos quatro meses, de gerir aquela zona, sem que ninguém até ao momento soubesse de alguma coisa, excepto o próprio António Costa e Carmona Rodrigues, que sabia mas não dizia nada.
Por outro lado, foram muito falados os projectos que o Porto de Lisboa tinha para essa frente, um hotel do Grupo Altis, que está a ser construído na doca do Bom Sucesso e que é da autoria do número dois da lista de António Costa, o Arq. Manuel Salgado; o edifício que está a ser feito na zona do Cais do Sodré, que irá albergar instituições da União Europeia, e o novo terminal de cruzeiros previsto para Santa Apolónia. Quase todos os candidatos deram passeios pelo Tejo mostrando a importância daquela frente e propondo a passagem da sua gestão para a Câmara. Só que houve alguns que tinham esqueletos no armário e não os quiseram revelar, como era o caso de António Costa e de Carmona.
Quanto à proposta concreta do António Ressano Garcia Lamas, ela implica muito dinheiro e a intervenção activa do Governo. Muito mais fácil e quase imediata é atribuir a gestão da frente ribeirinha à Câmara e impedir a construção nessa zona. Parece-me que neste caso o Fernando não tem razão.
Quanto ao número de funcionários que alguém, em tese de doutoramento, mostrou que eram excessivos e que logo pressurosamente o Público se encarregou de divulgar, penso que é um assunto bastante mais complexo, que não pode ser resolvido à Garcia Pereira, que propôs imediatamente a eliminação de não sei quantos funcionários.
Sei que o Fernando tem uma senha contra os trabalhadores da função pública, mas com certeza que nenhum candidato proporia o seu despedimento, até porque isso não é possível nos termos da actual legislação e o tema merece mais reflexão do que a simples proposta de eliminação de postos de trabalho.
Para terminar, e sem necessitar de me justificar, eu voto Sá Fernandes.
O primeiro exemplo, francamente, parece-me muito mal escolhido. Se houve coisa que foi tema obrigatório da campanha foi a frente ribeirinha. Todos se pronunciaram que ela fosse entregue à cidade e que não continuasse a ser gerida pelo Porto de Lisboa.
Parece que o Fernando desconhece como, já quase no final da campanha, foi revelado que o mandatário de António Costa, José Miguel Júdice, tinha sido encarregue pelo Governo, há já pelo menos quatro meses, de gerir aquela zona, sem que ninguém até ao momento soubesse de alguma coisa, excepto o próprio António Costa e Carmona Rodrigues, que sabia mas não dizia nada.
Por outro lado, foram muito falados os projectos que o Porto de Lisboa tinha para essa frente, um hotel do Grupo Altis, que está a ser construído na doca do Bom Sucesso e que é da autoria do número dois da lista de António Costa, o Arq. Manuel Salgado; o edifício que está a ser feito na zona do Cais do Sodré, que irá albergar instituições da União Europeia, e o novo terminal de cruzeiros previsto para Santa Apolónia. Quase todos os candidatos deram passeios pelo Tejo mostrando a importância daquela frente e propondo a passagem da sua gestão para a Câmara. Só que houve alguns que tinham esqueletos no armário e não os quiseram revelar, como era o caso de António Costa e de Carmona.
Quanto à proposta concreta do António Ressano Garcia Lamas, ela implica muito dinheiro e a intervenção activa do Governo. Muito mais fácil e quase imediata é atribuir a gestão da frente ribeirinha à Câmara e impedir a construção nessa zona. Parece-me que neste caso o Fernando não tem razão.
Quanto ao número de funcionários que alguém, em tese de doutoramento, mostrou que eram excessivos e que logo pressurosamente o Público se encarregou de divulgar, penso que é um assunto bastante mais complexo, que não pode ser resolvido à Garcia Pereira, que propôs imediatamente a eliminação de não sei quantos funcionários.
Sei que o Fernando tem uma senha contra os trabalhadores da função pública, mas com certeza que nenhum candidato proporia o seu despedimento, até porque isso não é possível nos termos da actual legislação e o tema merece mais reflexão do que a simples proposta de eliminação de postos de trabalho.
Para terminar, e sem necessitar de me justificar, eu voto Sá Fernandes.
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