Descobri Saramago com Levantado do Chão, que me maravilhou, muito antes de ele se tornar famoso. O "Memorial...", o "Ricardo Reis..." e o "Evangelho..." deixaram em mim marcas muito fortes.
Nos últimos anos tenho cada vez mais dificuldade em ler os seus livros. Estou convencido de que, em arte, é muito mais importante mergulhar nas dúvidas, nas perguntas e na complexidade do que partir de uma base simplista de certezas.
A grandiosidade das metáforas de Saramago cada vez mais me parece inquinada por uma arrogância apologética que é, por natureza, o contrário da arte tal como a concebo.
Por alguma razão Saramago convenceu-se de que lhe competia vestir-se como um misto de juiz e de pitonisa o que costuma, tarde ou cedo, levar à produção de obras chatas.
No campo das declarações avulsas sobre os grandes problemas sociais tivemos recentemente uma entrevista onde foi antecipada "a integração de Portugal em Espanha...".
Talvez valha a pena ver como reagem "nuestros hermanos" num fórum do El Pais (ver aqui)
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