Monday, March 14, 2005

Memórias do 11 de Março

Passaram 30 anos sobre o “11 de Março”, o golpe derrotado de Spínola que continuamos a comemorar com discursos “românticos”. Já seria tempo de tentar perceber o PREC em bases mais críticas.

Infelizmente somos incapazes de atribuir responsabilidades e de nos auto-criticarmos; inventamos sempre entidades demasiado genéricas como causa das nossas desgraças (a reacção, o imperialismo e outras) pelo que raramente aprendemos com os nossos erros e com as nossas derrotas.

O “11 de Março” foi pretexto para os jornais e as televisões publicarem textos, entrevistas e filmes que, vistos hoje, causam alguma estranheza e deveriam motivar um saudável debate na esquerda portuguesa. Não parece ser o caso, parece que ninguém quer “acordar” as perguntas incómodas que os factos históricos justificam.

Para ir contra a corrente aqui vão algumas memórias pessoais:




MOÇÃO APROVADA EM ASSEMBLEIA GERAL DE 12 DE MARÇO 1975

As forças dos monopólios e dos latifundiários lançaram mais um ataque contra o processo revolucionário iniciado no 25 de Abril.

Aproveitando-se da impunidade com que actuaram no 28 de Setembro e da presença entre nós de agitadores internacionais ao serviço dos potentados económicos, tentaram mais uma vez fazer regressar o fascismo com todo o seu cortejo de crimes de exploração e opressão.

Mais uma vez os trabalhadores se ergueram aos milhares, com os seus sindicatos e.com os partidos verdadeiramente democráticos e defenderam, na rua, a liberdade de levar a Revolução até às ultimas consequências.

Os trabalhadores da IBM, pondo-se ao lado,da massa dos trabalhadores portugueses, exigem:

1 - Castigo exemplar para os contra-revolucionários.

2 - Expulsão dos agitadores estrangeiros que tentam levar o nosso
país para a guerra civil.

3 - Aplicação imediata de medidas económicas e sociais que retirando aos monopólios e latifundiários o poder de que ainda efectivamente dispõem, tornem realmente irreversível o processo revolucionário.

4 - Proibição de todos os partidos que efectivamente estão do lado da reacção.

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