A INFRACÇÃO
O carro que transportava o presidente do Tribunal Constitucional, Artur Maurício, foi apanhado a uma velocidade de 200 quilómetros por hora na auto-estrada do Sul (A2), na passada terça-feira, cerca das 12h00. Segundo noticiou ontem à noite a TVI, a Brigada de Trânsito da GNR detectou a infracção, mas quando o motorista (membro do corpo especial da PSP) do juiz conselheiro recebeu ordens para parar não lhe foi aplicada a coima por excesso de velocidade. A estação televisiva adiantou também que, para além de a multa não ter sido paga no acto da infracção, não foi apreendida a carta de condução do motorista nem solicitados os restantes documentos. Artur Maurício não quis prestar esclarecimentos à TVI, mas o seu chefe de gabinete, Carlos Brito, afirmou que "o presidente não está permanentemente atento à velocidade a que vai o veículo". E acrescentou ser "provável" que tenham sido "ultrapassados os limites exigíveis". Questionado sobre o não pagamento da coima, Brito respondeu: "[O presidente do Tribunal] sentiu que estava a cumprir uma missão de interesse público e que não devia pagar na altura." Num comunicado enviado à redacção da TVI, o Comando da GNR sustentou que a BT não multou o motorista de Artur Maurício porque o condutor invocou uma "questão de urgência". Carlos Brito alegou que o juiz conselheiro se dirigia para uma reunião agendada para as 15h00.
Publico, 27 de Agosto 2005
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