Sunday, March 4, 2007

Manuel Bento (1948-2007)


Era um dos “cromos” da minha infância. Quando era miúdo, o que eu mais gostava era de o ver sofrer golos. Mas no fundo gostava dele. Dele e de toda a equipa do Benfica da primeira metade da década de oitenta. Os jogadores eram quase todos provenientes da margem sul do Tejo, de localidades operárias. Chalana, Pietra, Veloso, Nené, Diamantino... Sven Goran Eriksson era o treinador. E Bento era o capitão. E o mais emblemático.
Eu estava pelo “outro lado”, que eram o Jordão, o Oliveira, o Venâncio, o Carlos Xavier, mais tarde o regressado Vítor Damas. Manuel Fernandes, também da margem sul do Tejo, era o capitão. E o principal adversário. As grandes rivalidades naquela altura eram estas; depois é que apareceu o Pinto da Costa e mudou tudo.
Quem faz a grandeza do Benfica não são os tais famosos “seis milhões”: é o ter na sua história homens como o Bento.

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