
Todos nós assimilamos os preconceitos do nosso grupo social, político e cultural: falamos apenas entre nós, lemos os nossos jornais e vemos os espectáculos televisivos que nos agradam. Quando nos deparamos com alguém que é odiado pelo grupo, a antipatia é imediata. O mesmo acontece com os livros e com os filmes, que nem sequer são investigados, mas logo descartados. Nem sempre lemos bons livros nem vemos excelentes filmes: seguimos cegamente as indicações do nosso grupo.
Mesmo assim, acontece conseguirmos libertar-nos desta escravidão do preconceito e, por instantes, abre-se-nos a mente e temos coragem para falar com esta pessoa, ler aquele livro e ver o filme que rejeitámos. E acabamos por constatar, estupefactos, que encontrámos algo de belo, interessante e divertido. Abre-se-nos uma perspectiva nunca antes imaginada. Só quem tem uma mente aberta sabe julgar de forma objectiva.
Francesco Alberoni, IONLINE, 06.10.2009
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