à alegria sonâmbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver
Um Adeus Português (Alexandre O'Neil)
.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH83IfOe5o1DsE6IMS4k01iV2XWdrEilwoqS95Zrj_Lnspmsm6k4DNJq0nSATZMgp9Veu2LK12RY8Atu3QmkkwuJ9Y3sz_3vjLPlyw5wW-3j8ub7YQa7eiXg5P9bromFPOiELRuly6cRE/s400/funcionario.jpg)
Um amigo alertou-me para que "todo o governo é parido no sector público". Mas se virmos bem é isso que sucede também com os deputados e os dirigentes dos partidos. A "classe política" é cada vez mais constituída por académicos, professores e advogados.
Fazer política, do BE ao CDS, é cada vez mais um hobby de funcionários da Administração Pública. Nesse sentido pode dizer-se que vivemos numa espécie de socialismo, dada a presença bastante exígua de pessoas do sector privado, quer empresários quer trabalhadores assalariados, nas cadeiras do poder.
Interrogo-me se as pessoas que nos governam, nascidas e criadas a gastar o dinheiro de um orçamento que parece cair do céu, poderão algum dia ter uma ideia, que não seja vaga, dos mecanismos económicos essenciais. Se algum dia entenderão que a discussão política não pode, como vulgarmente acontece, incidir apenas em como gastar os impostos sem cuidar de saber quando, como e com quem se assegura a criação de riqueza.
O governo não existe para resolver os problemas dos funcionários mas sim os do país. O que é bom para os funcionários não é necessáriamente bom para o país.
Quando temos uma ministra da educação que é funcionária professora , uma ministra da saúde que é funcionária médica e uma ministra do trabalho que é funcionária dos sindicatos dá-nos a impressão de que Sócrates abandonou neste mandato qualquer veleidade de impôr o primado do conjunto dos cidadãos.
.
No comments:
Post a Comment