Não há dúvida de que o Miguel Esteves Cardoso é um assunto tabu, e quem ousar meter-se com ele tem de levar com os seus amiguinhos, de direita ou supostamente de esquerda. Quem se meter com os amiguinhos dele também, que eles funcionam todos em bloco (salvo seja). Todos eles consideram-se muito especiais por pertencerem ao grupinho, influência provável do líder intelectual. Esta gente julga-se eleita, e não me refiro ao “povo eleito” no sentido judaico, apesar de uma regra essencial para pertencer ao grupo ser apoiar-se incondicionalmente as políticas do estado de Israel, mesmo as mais criminosas.
A melhor demonstração do tipo de pessoas que é esta gente (os amiguinhos do Miguel Esteves Cardoso) ocorreu há mais de três anos, no episódio que originou o fim da Coluna Infame. Está certo que a provocação do Daniel Oliveira ao chamar de “extrema direita” ao João Pereira Coutinho surge do nada, é completamente infundada e desnecessária. Mas e a reacção do João Pereira Coutinho? Não se deve à “extrema direita” propriamente dita – deve-se a um membro da “ralé” ter-se atrevido (é mesmo a palavra) a insultar o “Pereira Coutinho”. Provavelmente João Pereira Coutinho gostaria de ter resolvido a questão com um duelo! João Pereira Coutinho tem uma formação oxfordiana, e para ele ter sido abordado assim por um qualquer Oliveira é como se um estudante se atrevesse a frequentar as áreas reservadas a professores. O cavalheirismo é importante, mas mais importante é o “respeitinho”. Toda a sua reacção é de quem foi mimado a vida toda.
Daí que não espante que se diga que o cavalheiro é talentosíssimo, genial e escreve muito bem, mas ninguém do referido grupo se tenha sequer dignado a criticar-lhe os modos. O mesmo pode ser dito relativamente ao seu companheiro de armas, no que diz respeito a textos tão dignificantes como este. A Bomba ainda se dá ao luxo de o destacar. E o bobo da corte, mais preocupado com o Hamlet e o Rei Lear, ainda faz reparos ao penteado de Vital Moreira. Qual é a reacção dos amiguinhos do MEC e das pessoas “cool-tas”? «Ah, o maradona (com minúscula!) é tão engraçado! Ah, o maradona (com minúscula!) escreve tão bem, ele e a Charlotte! E o João e o Alberto! São tão talentosos! São mesmo uns geniozinhos, uns queridíssimos!» Para o que esta gente escreve ou diz, a impunidade é total. Nesse aspecto estão muito bem para o Estado de Israel. Não admira que apoiem as suas acções criminosas incondicionalmente.
Queria ainda fazer um esclarecimento aos muitos visitantes que apareceram aqui ontem a julgar que eu sou “professor”: eu não sou “professor”, embora gostasse de o vir a ser um dia, quem sabe. Dei aulas em Portugal e nos EUA, sempre enquanto estudava. A última vez que dei aulas em Portugal foi há nove anos, quando ainda ninguém sabia o que era um blogue. Os visitantes que aqui vêm não são meus “alunos”. São pessoas livres e que pensam pela sua cabeça – se aqui vêm é porque tomam essa decisão livremente. Não pertencem a nenhuma “seita”, como a dos amigos do MEC e da Bomba, que se lincam mutuamente e são todos lincados pela Bomba, e tratados por “queridíssimos”. Basta entrar no referido Bomba Inteligente para verificar – todos os dias há entradas que são respostas directas e descontextualizadas aos amigos da Bomba (e do MEC), de forma a que quem não pertença ao “grupo” não saiba do que se está a falar, e tenha de ir visitar os outros amiguinhos (que assim partilham os visitantes dos seus blogues). Isto se (há gente para tudo…) alguém estiver interessado no que a Bomba quer dizer. Aquilo é um verdadeiro “chá das tias”. Não me incomoda o sucesso do blogue em si, tal como nunca me incomodou o sucesso da revista Caras; há leitores para tudo. Eu não pactuo é com falta de vergonha na cara, e isso aquela gente não sabe o que é. Em particular, não me incomoda nada ter uma média de cento e poucas visitas por dia, enquanto a Charlotte tem 863 (incluindo os que só lá vão via Google Image Search à procura das muitas imagens que o blogue tem), como o maradona faz questão de recordar. Os meus visitantes, por poucos que sejam, são cidadãos livres que escolhem aqui vir; não são membros de nenhum clube privado nem seguidores de nenhum guru.
Dito isto, eu não quero ter mais nada a ver com esta elite muito orgulhosa de si mesma, apesar de não fazer nada de palpável, mas que supostamente é muito “talentosa”, embora os seus talentos até hoje só tenham sido aferidos em comparação uns com os dos outros. Não quero perder mais tempo com gente (de esquerda e de direita) cujos valores são completamente diferentes dos meus – e aqui é mesmo uma questão de valores de que se trata -, a verdadeira negação da “ética protestante”. Gente que não quer que o país passe da cepa torta. A atenção e o poder mediático que esta gente tem explicam e muito o nosso atraso – só em Portugal estes indivíduos alcançariam o destaque que têm.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
Blog Archive
-
▼
2006
(958)
-
▼
September
(106)
- Comadres
- "Forget it, Vladimir. It's Reykjavik"
- Desabafo
- Self-Made Man
- Regresso
- Buarqueanos retardatários, apressem-se
- Como identificar um Marujo numa redacção
- Aforismo antes do plenário
- O resto do Mundo
- Ladrar é morder
- Reflexões antes da partida
- Fé e Ciência, Opus Dei e Insurgente
- E o nome da força unificadora é Jesus!
- Bruxelas
- ... E Sadi Carnot ri-se na escuridão do tùmulo
- Onde estava o Professor Pedro Arroja no 25 de Abril?
- Para os portugueses com mais de 55 anos, um verdad...
- Professor Pedro Arroja, esse grande antifascista
- Força Ronny!
- O lugar na estante
- Eça, as letras e os jornalistas
- O Paraíso, Agora!
- Penitência
- Hugo Chávez fala de Sadi Carnot às Nações Unidas
- Ciganos da Ucrânia
- Hoje fazem anos
- A definição de planeta e os “limites da ciência”
- As FARC, as petições e os blogues
- Musica, musica, musica...
- A maior novidade mediática da semana
- Hoje bloga-se de...
- Ameaça
- Zapruder
- "bent in/ By the blows of what happened to happen"
- As FARC, o PCP e as petições
- Talvez a descoberta científica mais importante des...
- Fujam!
- Debater o evolucionismo: com quem e para quê?
- Sobre as teorias de conspiração do 11 de Setembro
- Cohen-Tannoudji, o bacalhau com natas e o cabritinho
- Messenger
- Poor little ego, how did you feel today?
- Post no qual o autor do blog revela uma fraqueza s...
- Post no qual o autor admite continuar a desobedece...
- Hoje bloga-se de
- Claude Cohen-Tannoudji e a feira das vaidades
- O blog de Coleridge II (ou "A edição e revisão des...
- Choque equestre
- Fuck you David Hume
- Futebol total
- Manual de Sobrevivência
- Hoja bloga-se de
- "As Bodas de Fígaro" em português
- Sporting Clube dos Putos
- Claude Cohen-Tannoudji em Lisboa
- "Milhares de pessoas têm de desistir do carro para...
- Impressões de chegada
- 9/11
- Hoje bloga-se de...
- Haverá terrorismo aceitável?
- E agora, Ferrari?
- Agora até sou o "Professor Chanfrado"!
- Universo Particular
- O blog de Coleridge
- Na Escócia é que sabem
- Playlist
- Publicidade
- Housekeeping
- A Festa do Avante! anda muito mal frequentada
- Interregno
- Caveat Senescens
- Elementos de Frenologia
- Abóboras
- Hipérboles minimalistas
- Tratamento preferencial
- As mexidas na Câmara de Setúbal
- ... his sanity an unstable artifice...
- O citador incorrecto
- Conversa de pub
- Odd man out
- Airport Security Oversights
- Agora explico eu
- No chá sem a Bomba
- O "sucesso" de Israel no Líbano
- Código da estrada - King James Version
- Mercury Prize
- Alvo fácil
- Ementa
- Hurt
- Leitura obrigatória
- Na minha rua não há mulheres assim (III)
- Junta-te ao clube, compra a t-shirt
- Apenas um homem vulgar
- Ao que isto chegou...
- Força camarada!
- Fallen Majesty
- O mundo de Bush
- Aniversário
- Das botas de feltro
- O fim de "O Independente" e a velha direita
-
▼
September
(106)
No comments:
Post a Comment