"A Pfizer, a maior companhia farmacêutica do mundo, vai despedir 800 cientistas durante este ano, o que representa cerca de oito por cento dos seus funcionários ligados à investigação científica, noticia "The Wall Street Journal". Em Setembro, a empresa já tinha anunciado a intenção de centrar a sua investigação científica em seis áreas - Alzheimer, cancro, esquizofrenia, dor, inflamação e diabetes -, abandonando todas as outras, incluindo a área cardiovascular. Desde Janeiro de 2007, na sequência de uma reestruturação, a Pfizer já eliminou 13.500 postos de trabalho e fechou oito fábricas. "
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Aqui está o que parecia ser uma excelente oportunidade. Alguém podia contratar todos estes cientistas e fazer, com eles, uma grande empresa farmacêutica. Ou um departamento de investigação do Ministério da Saúde. Por que não o fazem ?
Esta é uma boa ilustração da contradição entre o trabalho assalariado e a rentabilização do conhecimento.
Tudo o que estes milhares de cérebros ajudaram a criar lá ficou, na Pfizer, agarrado às patentes da empresa e à rede comercial que ela estendeu pelo mundo.
Todo o know-how contido nestes cérebros podia valer uma fortuna se fossem capazes de inventar uma nova forma de se organizarem para produzir e distribuir.
O mesmo se aplica, claro, a todos nós.
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