O Avenida Central chama sermão ao discurso de posse de Obama e basílica ao Capitólio, corroborando uma ideia que já me tinha assaltado também.
Quanto a mim não se trata de discutir a eventual religiosidade de Obama ou mesmo se a sua governação vai ser muito, ou pouco, influenciada pela religião.
Eu, ao assistir à "inauguração" pela TV, tive a sensação de estar perante um daqueles pregadores das novas igrejas, ou melhor, que a multidão esperava e precisava que Obama funcionasse como os tais pregadores das "igrejas da esperança".
A mensagem é a mesma: "A salvação virá se acreditarmos nos pais fundadores e praticarmos todos, muito, o Bem".
É assustador pensar que uma potência como a América se vai refundar sobre um discurso que omite deliberadamente as complexidades do mundo e dos mecanismos da história, colocando-se acima e para lá deles.
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