... eu enfrentava com uma coragem e dignidade a toda a prova a segunda intoxicação alimentar da minha vida, provocada por uma Panini servida num voo da TAP para a qual cometi o erro de pedir um bocadinho de maionese, dando assim razão à minha avó Conceição que um dia me disse que esta brincadeira da maionese ainda me havia de me dar um grande desgosto. Não é o facto de já ser dia 7 de Janeiro que vai impedir certas e determinadas coisas, contudo. Os blogues do ano foram o Julinho e o Agrafo, evidentemente. O post do ano, do outro ano, enfim, foi escrito a 13 de Outubro e é um útil resumo (com extrapolação) da secção 6, parte iv, tomo I, do A Treatise of Human Nature. Era mesmo só isto, podem continuar com as vossas vidas:
«O João Miranda, blogger da minha particular estima, tem que perceber uma coisa: a minha opinião é sempre a da última coisa que li ou vi. Naturalmente que depois de ouvir o que o João Miranda me propõe vou absorver essa visão das coisas e faze-la como minha. Até que leio ou ouço a opinião seguinte, altura em que me transfiro para lá de corpo, alma e convicção. Notar que não há evolução de uma opinião para outra: há substituição pura e simples. No fundo, a minha pessoa é um conjunto de opiniões paralelas que se revezam com o tempo, e que não se comunicam. O trabalho e eventual sucesso de me educar para uma determinada causa tem mais a ver com o timing que com a inteligência da construção cognitiva que me é apresentada. Mas, em todo o caso, apreciou-se o esforço. Vou expor-me à proposta do João Miranda lá para o fim da tarde, altura em que escreverei um post a dizer que o João Miranda tem toda a razão.»
«O João Miranda, blogger da minha particular estima, tem que perceber uma coisa: a minha opinião é sempre a da última coisa que li ou vi. Naturalmente que depois de ouvir o que o João Miranda me propõe vou absorver essa visão das coisas e faze-la como minha. Até que leio ou ouço a opinião seguinte, altura em que me transfiro para lá de corpo, alma e convicção. Notar que não há evolução de uma opinião para outra: há substituição pura e simples. No fundo, a minha pessoa é um conjunto de opiniões paralelas que se revezam com o tempo, e que não se comunicam. O trabalho e eventual sucesso de me educar para uma determinada causa tem mais a ver com o timing que com a inteligência da construção cognitiva que me é apresentada. Mas, em todo o caso, apreciou-se o esforço. Vou expor-me à proposta do João Miranda lá para o fim da tarde, altura em que escreverei um post a dizer que o João Miranda tem toda a razão.»
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