A mais esplêndida lista dos últimos tempos, com uma introdução que vale a pena citar na íntegra: «What is a "That Guy"? A That Guy is a B-list character actor who's just talented enough to secure bit parts in a handful of movies every year, but not quite talented enough to become a brand-name star like Chris Kattan. Some specialize in playing villains and others in having freaky-enormous chest tattoos, but combined, these brave, barely handsome men have appeared in every single movie produced in the last decade.».
Creio que cada um de nós teria dois ou três nomes de culto para adicionar à lista. Pessoalmente acho quase criminosas as ausências de Reginald VelJohnson (que, depois do seu papel em Die Hard, interpretou o mesmo "polícia decente e honrado' em pelo menos mais duas centenas de filmes) e Brian Dennehy (o tal que, décadas depois de ter atormentado Rambo, ainda anda por aí a fazer de "xerife corrupto e violento de pequena cidade americana", papel estereotipado que vai intercalando com algumas variações artísticas sobre o tema "xerife bonacheirão, porém algo cínico, de pequena cidade americana").
Creio que cada um de nós teria dois ou três nomes de culto para adicionar à lista. Pessoalmente acho quase criminosas as ausências de Reginald VelJohnson (que, depois do seu papel em Die Hard, interpretou o mesmo "polícia decente e honrado' em pelo menos mais duas centenas de filmes) e Brian Dennehy (o tal que, décadas depois de ter atormentado Rambo, ainda anda por aí a fazer de "xerife corrupto e violento de pequena cidade americana", papel estereotipado que vai intercalando com algumas variações artísticas sobre o tema "xerife bonacheirão, porém algo cínico, de pequena cidade americana").
Mas os meus preferidos são Michael Wincott e Michael Lerner (os senhores nas imagens). O primeiro especializou-se em fazer de vilão roufenho, preferencialmente contra heróis semi-desenhados. Foi némesis de Robin Hood, do Corvo, dos Mosqueteiros, e até de Cristóvão Colombo, tendo ainda arranjado tempo para produzir discos dos Doors no filme de Oliver Stone.
O segundo tem menos visibilidade, mas foi o responsável pelo supremo "That Guy" do cinema recente: o seu fabuloso ditador de gabinete em Barton Fink não fez escola, mas devia ter feito.
(Adenda: Já não me lembro se a peça do O'Neill inclui algum xerife corrupto, mas acredito que o Dennehy tenha sido inexcedível na dita, independentemente do papel que lhe coube.
Mas o currículo teatral não é para aqui chamado. Ser um 'That Guy' não exclui necessariamente a posse de um enorme e camaleónico talento. A melhor experiência teatral acessível ao público português nos últimos 50 anos foi a interpretação de um homem chamado Fernando Luís na peça "O Poder da Górgone", do Peter Shaffer. O Fernando Luís é o "That Guy" que fez uma série da SIC chamada "Médico de Família" e mais um programazeco com um cão-polícia. E garanto que seria igualmente notável a fazer de intelectual tuberculoso, ou de xerife corrupto.)
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