
É caso para algumas perguntas soltas: houve por acaso algum momento na História da democracia portuguesa em que o Estado não esteve omnipresente na vida económica e social? Algum dia Portugal conheceu o Estado mínimo e a desregulação sistemática de que falava ontem, em tom acusatório, Sócrates? E pode um país que chegou tarde ao mercado, tal como chegou tarde ao Estado social, meter--se em ataques tontos à "ideologia" do mercado?...
O discurso de um Estado contra o mercado é que não nos serve de nada. Oportunismo ideológico não nos serve de nada. O "espectáculo" de Sócrates ontem na Assembleia não interessa. ("Vem aí o Estado mas qual ?", Pedro Lomba, DN 09.10.2008)
É realmente um logro falar do Estado redentor num país em que os estadistas se convertem em gestores privados, e vice-versa, com a maior das calmas e com grande proveito.
Se houve desmandos e falta de regulação não deveria ter sido precisamente o Estado a preveni-los e evitá-los ?
Se não forem os cidadãos...
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