Não adianta vir com lapiseira para mim,
é com lápis que eu quero escrever!
E o irritante que é, em inglês, pedir um lápis e receber uma lapiseira? E se se insiste "no, I want a pencil", ainda olham para nós como se fôssemos estúpidos e respondem "but this is a pencil!" O inglês é mesmo uma língua muito pobre. Não tem tradução de lapiseira e nem o equivalente a "meta-a pelo cu acima", que é a única resposta que merece quem se atreve sequer a insinuar que uma reles lapiseira é um lápis.
Há hábitos que eu nunca hei-de perder. Não me desabituo de usar o velho "pine" para ver o email (em ambiente linux) - é o único que faz "plim!" cada vez que surge uma mensagem nova! E nunca deixarei de escrever com lápis. Lápis autêntico, de madeira, com bico grosso ou fino. Nunca me habituei às lapiseiras. Sempre tive "mão pesada" (tudo o que requeira sensibilidade não é para mim), e sempre que tentei usar uma lapiseira parti o bico em três tempos. É evidente que há alturas em que se tem que escrever a tinta, mas sempre que posso para mim não há nada como escrever a lápis. É a lápis que eu faço todos os meus cálculos à mão. É fácil de corrigir erros e apagar. Adoro lápis e é daqueles objectos que gosto de coleccionar. Desde a escola fico doente sempre que perco um lápis. Guardo lápis há anos. De todos os institutos e países por onde passei. Mas os primeiros que me lembro, os primeiros com que escrevi, que foram deixados pelo meu avô materno, eram iguaizinhos aos da figura. Da Viarco. A Viarco que faz este ano 70 anos. Parabéns e espero que cumpram outros 70. E que vivam os lápis.
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