Lembram-se da Maude, a ultraliberal (no sentido americano do termo) personagem da excelente série homónima dos anos 70 (e que dava na RTP2 no final dos anos 80)? A Maude tinha uma empregada negra, a Florida, com quem tinha grandes discussões e brigas.
Para provar à sua vizinhança que era uma mulher avançada e que lutava pelos direitos das minorias (uma mulher de causas), a Maude exigia que a empregada negra entrasse e saísse sempre pela porta da frente da casa e não pela entrada de serviço. Ao que a Florida respondia que não, que preferia entrar sempre pela entrada de serviço pois para ela era muito mais perto e não queria estar de propósito a dar a volta à casa toda só para entrar pela entrada principal. Principalmente porque a maior parte das vezes a Florida vinha carregada com os sacos das compras para a patroa (quem ia às compras era ela).
Por que raio é que, depois de ter escrito a carta aberta à Fernanda Câncio, me lembraria eu da Maude?
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