Custa-me deixar uma fã dos Yo La Tengo com parênteses por preencher, mas sobre esse assunto não tenho mesmo nada a dizer. Para compensar, deixo aqui o meu cadastro eleitoral que, além de supérfluo, é altamente desinteressante:
No Reino Unido, onde apenas posso exercer o meu direito a nível local, votei sempre no mesmo partido, o único que teve a decência de não me prometer, via folheto, combater o flagelo do vandalismo pictórico usando parte das minhas 89 libras mensais de council tax para formar uma patrulha de fiscais do graffiti. O partido em questão perdeu em 2002, perdeu em 2006, o bairro em questão ficou certamente mais limpinho, e o eleitor em questão mudou de freguesia, tendo aprendido uma liçao valiosa (da qual, entretanto, se esqueceu).
Em Portugal, participei em cinco eleições. Votei duas vezes à direita, uma vez à esquerda, uma em branco e outra no Doutor José Roquette, um voto que foi simultaneamente à direita, à esquerda, em branco e um bocadinho nulo - e também a única ocasião em que ajudei a eleger um vencedor (num sentido estrito).
No referendo de 1998 não participei porque ainda não era maior. No de 2007 não vou participar por motivos geográficos. Da primeira vez, a idade foi uma pequena frustração. Desta vez, a distância, com toda a franqueza, é um pequeno alívio.
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