Thursday, February 22, 2007

Quando as letras não pagam as expectativas

No Diário de Notícias de domingo, é-nos apresentada uma série de licenciados no desemprego ou que vivem de biscates. Entre eles inclui-se uma antiga colega de blogue minha.
Olhando para o perfil dos licenciados em questão, vê-se que todos eles têm algo em comum. O quê? Não o terem estudado numa universidade privada: a maioria dos seleccionados até estudou no sector público. (Embora o desemprego de licenciados afecte sobretudo alunos de universidades privadas que apostam em cursos baratos – para a universidade -, de “papel e lápis”, sem qualquer preparação técnica, só para “garantir o canudo” ao cliente – o aluno.) O ISCTE, por exemplo, “contribui” com dois alunos, não ficando nada bem visto (o que, comparado com outras universidades, acaba por ser injusto). Mas qual é o problema? O que têm todos em comum? Muito simples: são “de letras” no secundário. Não estudaram matemática a partir do 10º ano. E agora deu nisto que se vê. É essa a característica básica do desempregado licenciado. Anos e anos de tolerância com o desinteresse e as más notas pela matemática deram nisto.
Mais do que um “Plano Nacional de Leitura”, do que Portugal precisa urgentemente é de um “Plano Nacional de Matemática”. Que poderia começar pela obrigatoriedade da frequência desta disciplina até ao 12º ano, qualquer que fosse o “agrupamento” de opção escolhido.

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